De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, de janeiro a agosto deste ano, a balança comercial registrou superávit de US$ 36,6 bilhões, 14,4% do que o saldo de 2019, que foi de 32,2 bilhões. E um dos responsáveis por este resultado positivo foi o agronegócio.
Apesar das dificuldades iniciais, em virtude da pandemia, a logística foi a grande aliada e a responsável por toda esta movimentação com a ajuda imprescindível de ferramentas digitais. Um trabalho em conjunto fez com que o Brasil e o mundo não parassem totalmente com os abastecimentos em todos setores.
As exportações têm aumentado mês a mês, principalmente, para o mundo asiático como para os países árabes. Ao mesmo tempo que os números crescem, as exigências para realizar estas exportações também, principalmente, para os países muçulmanos. A segurança nos alimentos e em todos os produtos exportados é a grande preocupação de todo e qualquer país, para que não haja disseminação de qualquer vírus, e principalmente, do coronavírus.
“Ter um selo de segurança hoje não é mais um diferencial, mas sim uma exigência mundial. E para os muçulmanos, o consumo de qualquer produto só é possível se tiver certificado halal. Hoje, além de atestar as normas de acordo com a jurisprudência islâmica, a certificação halal é vista no mundo como um selo de qualidade, sinônimo de boa procedência e de segurança”, Omar Chahine, gerente comercial da Cdial Halal.
Em dezembro do ano passado, alguns containers de frango tiveram dificuldades para embarcar para os países árabes, porque os armazéns onde estavam os produtos não tinham a certificação halal. “É uma certificação que muitas empresas ainda não se preocuparam em obter. Mas, sabemos que os países estão cada dia mais exigentes e a cada dia surgem novas normas”, acrescenta Omar.
Certificação halal em armazéns: A auditoria da certificação halal é focada principalmente nas documentações de sistema de gestão, ou seja, tudo é vistoriado para verificar se estão de acordo com a legislação islâmica e segura. “Primeiro de tudo, é necessário que o centro de distribuição tenha certificação halal. Caso contrário, nenhum produto halal pode ser armazenado. As câmeras frigoríficas de todo produto halal precisam estar separadas do não halal, para que não haja contaminação cruzada, ou seja, qualquer procedência suína. Em seguida, verificamos todas as normas de higiene, controle de pragas e funcionamento e manutenção dos equipamentos. Para o transporte dentro dos centros, a recomendação é de que o produto certificado seja o primeiro a ser transportado, para que não ocorra contaminação com produtos ilícitos (não halal). Caso não haja essa possibilidade, deve ser realizada uma rígida higienização em cada etapa do processo”, comenta Chahine.
Em suma, o essencial na logística é a segregação dos produtos. “A certificação garante que todo o processo de exportação seja realizado de forma correta. Os países do Golfo, por exemplo, começaram a exigir em março uma nova certificação halal para armazéns, câmaras frias e transportes que trabalham com frigoríficos certificados”, alerta Omar.
De acordo com o Departamento de Inteligência de Mercado da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, nos primeiros sete meses desse ano as exportações de produtos brasileiros para os países árabes atingiram US$ 7,1 bilhões, mesmo com o advento da pandemia. “O Brasil é um fornecedor de alimentos importante aos países árabes e para manter essa parceria é essencial manter toda a cadeia certificada e, consequentemente, com total rastreabilidade para que seja mantida a segurança no alimento e em outros produtos também”, completa o gerente.
A Cdial Halal - uma das maiores e importantes certificadoras halal do Brasil. É única certificadora da América Latina acreditados pelos principais órgãos oficiais dos Emirados Árabes (EIAC) e do Golfo (GAC), o que confere seriedade e competência nos segmentos que atua. “São certificações que comprovam que seguimos as rígidas regras e garantimos a excelência e integridade dos produtos e empresas acreditadas. Somos a certificadora brasileira com maior número de categorias certificadas pelo GAC.