Carga tributária e preços internacionais para óleo diesel não podem sufocar os transportadores.
1. A política de preços adotada pela Petrobras em suas refinarias, que acompanha a alta das cotações internacionais do petróleo, é uma medida desproporcional pois ela tem custos internos e não internacionais.
2. Transportadores não podem responder pela ineficiência da Petrobras e pela corrupção que ocorreu na estatal.
3. Países autossufientes na produção de petróleo praticam preços do óleo diesel mais baratos.
4. Em comparação a outros países que possuem perfil similar ao desenvolvimento econômico brasileiro, como Rússia e México, o preço do óleo diesel no Brasil é superior. O óleo diesel cobrado no Brasil é, em média, 15% superior ao cobrado nos Estados Unidos, sendo que a renda média neste país é 6 vezes maior que a do brasileiro.
5. A política de preços de combustível deve considerar as condições econômicas do Brasil.
6. Esta política equivocada e desastrosa não poderia ter sido implantada em pior momento para o setor transportador, que ainda luta para superar as perdas da forte recessão econômica.
7. Os sucessivos aumentos do óleo diesel comprometem com mais intensidade o transporte rodoviário, que responde pelo tráfego de 90% dos passageiros e por mais de 60% da movimentação de bens e produtos no Brasil.
8. A solução apresentada, até o momento pelo governo, em nada contribuirá para garantir as condições mínimas de operação do transporte rodoviário de cargas e passageiros no país. A retirada da CIDE sobre o óleo diesel terá impacto irrisório no preço final do combustível.
CNT – Confederação Nacional do Transporte