Terça, 24 Setembro 2024

Discutir e apontar soluções para o déficit do milho em Santa Catarina foi o foco do Fórum Mais Milho que reuniu diversas lideranças do agronegócio, no dia 21 de fevereiroúltimo, em Concórdia, oeste catarinense. A previsão da safra para 2018 é 2,4 milhões de toneladas, enquanto o consumo é de seis milhões de toneladas por ano. Entre as necessidades destacadas estiveram a melhoria da logística de escoamento de grãos até as agroindústrias.

Rota do MilhoFoto: Divulgação

A colheita deste ano tem uma queda estimada de 20,4% em relação à última safra. A redução da área plantada e os períodos de estiagem que comprometeram a produtividade das lavouras estão entre os fatores que justificam a redução da produção. Com isso, há necessidade de aumentar a importação do grão.

Na abertura, o secretário da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, o presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos e vice-presidente para o Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Mário Lanznaster, e o prefeito de Concórdia, Rogério Pacheco, reconheceram a força da agroindústria e dos produtores para a consolidação do agronegócio e salientaram a importância de discutir estratégias para suprir a necessidade de milho no Estado.

"Precisamos encontrar alternativas e não tenho dúvidas que o Poder Público será parceiro. Temos que pensar de fato nas ferrovias, mudar nossa lei de concessões e buscar soluções para que o milho produzido em outros Estados fique mais perto de Santa Catarina. Precisamos ter estrutura de armazenagem e de transporte. Afinal, nessa região, o agronegócio é responsável por cerca de 50% a 60% da economia dos municípios", destacou Sopelsa.

O superintendente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Neivo Panho, salientou que o evento foi de fundamental importância para as cooperativas agropecuárias e agroindústrias da região. "Precisamos ter milho em quantidade, com preço e com qualidade no tempo adequado para sustentar a agroindústria como um todo. Não somente quem abate suínos, aves ou industrializa leite. Existe uma cadeia muito grande de geração de renda e de impostos que mantém a estrutura e sustenta toda essa região."

O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, destacou que o milho é o principal insumo de Santa Catarina. "Infelizmente, a cada ano que passa reduz a quantidade de produtores que plantam o grão. Chegou a hora de um debate mais profundo e de avaliar por que isso está acontecendo. No meu ponto de vista, como representante de Federação, é preciso que se valorize mais o produtor. Temos políticas públicas que estão fazendo seu papel, mas só isso não basta."

O presidente da Câmara para Assuntos de Transporte e Logística da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, apresentou a agenda estratégica da indústria para a infraestrutura de transporte e logística de Santa Catarina. "Queremos analisar a estrutura existente para atender e fortalecer a infraestrutura do Oeste catarinense, tanto no sistema rodoviário como aeroviário, mas também na questão do insumo, principalmente rodoviário e futuramente a implantação do ferroviário."

Para ele, é importante que existam modais diferentes de transporte e a ferrovia seria uma grande obra para o oeste. "O ideal seria uma ferrovia que ligasse o oeste ao litoral para interligar com a ferrovia litorânea e ter acesso aos nossos portos. Essa estrutura deveria também estar interligada à malha ferroviária nacional. O sistema interligado possibilita não só manter a nossa indústria aqui, mas também fortalecê-la na região".

Rota do milho
Entre as alternativas discutidas esteve a Rota do Milho. Um novo trajeto ligando Paraguai a Dionísio Cerqueira pode fazer com que o frete reduza em até 70%. Com a concretização da Rota do Milho, o grão estará a 354 km de Dionísio Cerqueira, onde já existe um serviço de aduana, e a 555 km de Chapecó, maior centro de consumo do grão em Santa Catarina. Quase metade do trajeto feito pelos caminhões que trazem milho do Mato Grosso, por exemplo. Santa Catarina já importa milho do Paraguai, porém em uma rota mais longa, passando por Foz do Iguaçu.

O projeto da nova Rota do Milho ou conexão transfronteiriça foi apresentado em 2016 pelo Núcleo Estadual de Integração da Faixa de Fronteira de Santa Catarina e é uma iniciativa do Governo do Estado, Sebrae/SC e entidades do agronegócio. A proposta é que o milho seja adquirido nos Estados paraguaios de Itapúa e Alto Paraguai, passe pelo porto de Carlos Antonio Lopez, em Itapúa, atravesse o Rio Paraná em balsas, entre em território argentino pelo porto de Sete de Agosto e siga até a divisa com o Brasil, chegando ao porto seco de Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina.

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