Mario Fortunato é gerente de produtos da Husqvarna para a América Latina
Uma das atividades que merecem destaque no agronegócio brasileiro é a produção de leite. Atualmente, cerca de 47% do que é produzido no país vem de pequenas fazendas e a sua cadeia produtiva é considerada uma das que mais geram empregos no Brasil - são mais de 4 milhões de pessoas que atuam no campo e em fábricas de laticínios. Além disso, em 2016, o segmento registou um faturamento de R$ 27 bilhões.
Esses dados nos mostram que existe um grande potencial de desenvolvimento no segmento. E é isso que torna a atividade tão atrativa, tanto para os produtores rurais, como para as indústrias de equipamentos destinados ao agronegócio.
Atualmente, os fabricantes de equipamentos estão engajados em desenvolver soluções capazes de tornar o trabalho mais produtivo e seguro. O setor investe no aprimoramento de tecnologias e procura entender quais são as necessidades específicas de cada produtor rural. Essa é uma iniciativa que permite enxergar a melhor forma de utilizar as tecnologias dentro de uma propriedade rural.
Um exemplo são os tratores cortadores de grama, que já são conhecidos por realizar a manutenção de áreas verdes em hotéis, parques, canteiros e rodovias, e que são grandes aliados na manutenção das áreas de pastagens.
O equipamento consegue realizar o corte de forma uniforme, como se fosse utilizada uma tesoura, proporcionando uma brotação mais rápida, o que garante um alimento de qualidade em um curto espaço de tempo. Além disso, a tecnologia conta com um compartimento capaz de armazenar o capim cortado, isso permite que o material coletado seja misturado a um composto proteinado e, posteriormente, seja servido como ração.
Outra ação em que o trator é utilizado e que permite que o capim cresça de forma saudável é a divisão da pastagem em pequenas áreas. Nesse sistema, os animais ficam em cada espaço por aproximadamente dois ou três dias e, cada vez que os animais saem de uma área para outra, o produtor realiza a manutenção do espaço com o equipamento, seguido de fertilização e irrigação. Nesse sentido, existem casos de produtores que adotaram a técnica e registraram um aumento da produtividade por animal de 8 a 10 litros/dia para 11 a 13 litros/dia.
Isso nos mostra que o mercado leiteiro também depende da tecnologia para continuar crescendo e se tornar cada vez mais produtivo. Nos próximos anos, a expectativa é que sejam desenvolvidas soluções cada vez mais eficientes. Aliás, esses são os desafios da indústria: identificar os processos em que os equipamentos podem ser aplicados; e apresentar soluções de alta qualidade, capazes de minimizar o esforço físico, garantir a produtividade e ainda tornar o trabalho mais seguro.