Terça, 26 Novembro 2024

Décio Karam, membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), Ph.D, pesquisador de Manejo de Plantas Daninhas da Embrapa Milho e Sorgo

Agronomia, derivado do grego “Agros” e “nomos”, que significa campo e manejo. Estuda os problemas físicos, químicos e biológicos causados pela prática da agricultura.

Foi oficializada em 1848 quando fundado o Instituto Nacional Agronômico de Versailles na França. No entanto, a primeira escola de agronomia (Moglin) foi criada em 1802, na Alemanha, por Albrecht Daniel Thaer, considerado um dos fundadores da agronomia. A segunda escola de agronomia foi fundada por Samuel Tessedik na cidade de Georgikon, na Hungria. No Brasil, a primeira escola de agronomia foi estabelecida em São Bento das Lajes, no estado da Bahia, no ano de 1875, seguida pela segunda em Pelotas (RS), no ano de 1883, atualmente integrada à Universidade Federal de Pelotas.

Apesar da existência dessas escolas, a profissão do engenheiro agrônomo foi regulamentada apenas no governo de Getúlio Vargas, em 12 de outubro de 1933, através do decreto 23.196/1933, que garantiu a criação dos Conselhos Federais e Regionais. Neste sentido, foi criado o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agrimensura e os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agrimensura, o que permitiu a agregação dos engenheiros, incluindo os agrônomos. Em 1966, a profissão Agrimensura foi substituída pela Agronomia, passando os Conselhos Federal (CONFEA) e Regionais a serem de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA).

Os primeiros registros de engenheiros agrônomos datam de 1942, nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, sendo que no estado de Tocantins o primeiro registro foi realizado apenas no ano de 1991, em função da sua emancipação, que ocorreu em 5 de outubro de 1988 com a instalação oficial do estado ocorrendo em 1º de janeiro de 1989.

Atualmente, estão registrados no CREA um total de 99.929 engenheiros agrônomos distribuídos em todos os estados do Brasil e no Distrito Federal. Deste total, 4.698 foram registrados no ano de 2016 e 3.045 até o mês de junho de 2017.

O aumento de engenheiros agrônomos no mercado de trabalho pode estar correlacionado ao aumento da produção agrícola nacional (previsão de mais de 230 milhões de toneladas de grãos para 2017), visto que há uma crescente redução da população rural brasileira e um aumento na produtividade das culturas.

Este aumento da produção tem levado o setor do agronegócio a representar 21% do PIB nacional, no ano de 2015, com um valor de 1,27 trilhões de reais. Com certeza, podemos afirmar que o engenheiro agrônomo tem contribuído significativamente para estes números.

A participação dos engenheiros agrônomos está atrelada ao planejamento e a supervisão do uso dos princípios e processos básicos da produção agrícola, que combina os conhecimentos de biologia, química, física e matemática aos estudos específicos sobre a planta, o solo e ao clima.

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