Silvinei Toffanin é especialista em contabilidade e sócio-diretor da Direto Contabilidade, Gestão e Consultoria
Crise. Quantas vezes ouvimos essa palavra em 2015 e quantas vezes mais iremos escutá-la? Junto com ela, sempre vem o famigerado desafio: cortar custos. Em tempos de crise, esse é um dos momentos em que o empresário se vê obrigado a rever a estratégia da empresa e a analisar números.
O interessante é que nesse exercício o empresário sempre enxerga o quanto ele próprio era indisciplinado especialmente para rever a estratégia e analisar os números. Assim, para gerenciar é preciso ter em mente para o resto da vida três fatores: liderança, método e conhecimento do processo.
Associado a esses três fatores, colocados em prática, é necessário ter o controle financeiro da empresa em mãos. Isso se dá através dos relatórios contábeis, além de outros indicadores imprescindíveis para mensurar o desempenho da empresa, como o Ebitda, que mostra a performance operacional da companhia e se o faturamento é suficiente para pagar investimentos, despesas, gerar caixa e lucro aos sócios.
Com base nesses dados, avalia-se: se a margem de receita bruta é boa, se é necessário aumentar o preço do produto, se a tributação é adequada à empresa, se minhas compras acontecem com bom preço, se necessito trocar fornecedor, se a equipe é enxuta ou inchada demais, se pago um aluguel muito caro, se meu plano de investimentos está adequado, se os juros que pago nas dívidas é justo, etc. Tendo as respostas para todas as perguntas é possível efetuar os cortes necessários sem prejudicar o andamento do negócio. Vale lembrar que isso não significa demitir.
Há situações em que vale trabalhar com o Orçamento Base Zero (OBZ), que consiste em refazer todo o orçamento da empresa como se ela tivesse sendo aberta agora. Compara-se o resultado com o que vem sendo realizado. Será possível identificar desvios que poderão ser ajustados no dia a dia.