Terça, 26 Novembro 2024
Mário Lanznaster, presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos e vice-presidente para o agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc)

As regiões brasileiras onde as cadeias produtivas da agricultura e do agronegócio estão organizadas apresentam níveis de desenvolvimento superior às demais. Essa situação sempre foi notória, mas, agora foi confirmada por pesquisa do Google amplamente divulgada pelos meios de comunicação.

Não é recente o fato da agricultura e do agronegócio se transformarem na locomotiva da economia brasileira. O que existe de novo é a visibilidade que o setor vem tendo na mídia em razão dos resultados que alcançou nas últimas décadas. Isso é positivo, não apenas porque aumenta a autoestima dos agentes econômicos – produtores e empresários rurais, cooperativas, agroindústrias etc – mas, principalmente, porque permitiu a sociedade brasileira conhecer a complexidade do universo rural e compreender sua enorme importância para o País e sua expressão na contextura do comércio mundial.

As pesquisas e os indicadores apontam que as empresas de transformação de produtos primários – carnes, grãos, leite, cana, algodão, café etc – injetam vultosos recursos na economia regional. O caso das empresas de natureza cooperativista é especialmente retumbante, pois elas cooperam intensamente com o desenvolvimento das regiões onde atuam com a geração de riquezas que beneficiaram centenas de comunidades e milhares de famílias.

A contribuição para a integração e o desenvolvimento regional pode ser avaliada pela geração de ICMS (que beneficia diretamente os municípios e os Estados), valor adicionado na atividade agropecuária, valor adicionado na atividade industrial, remuneração de trabalhadores encargos sobre folha de pagamento de salários etc.

Nessas regiões, o agronegócio, em plena crise, manteve posição, com preservação dos postos de trabalho, dos níveis de produção e produtividade e da participação no mercado. Ou seja, nessas regiões, a crise passou ao largo.

Apesar da crise política, acredito que cenário para o final deste ano apresentará sinais de término da crise, lenta retomada do crescimento e crescente taxa de confiança dos agentes econômicos. As sólidas previsões de excelente safra de grãos afastam qualquer ameaça de encarecimento de insumos, o que permite prever custos menores de produção e promessa de melhores resultados operacionais.

Em resumo, a agricultura e o agronegócio continuarão na vanguarda da economia verde e amarela.

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