Terça, 26 Novembro 2024

Glauco José Côrte, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC)

As indústrias de Santa Catarina pretendem investir R$ 7,3 bilhões neste ano, segundo revela pesquisa da FIESC. É uma informação relevante, especialmente considerando o atual cenário político e os desafios econômicos. Mostra que o industrial catarinense, embora não ignore ou minimize a crise, olha para frente e se prepara para dias melhores. Um dos segmentos que mais investirá é o de alimentos, que tem no Oeste do Estado seu principal impulsionador, apesar da falta de atenção do governo, especialmente para as condições da infraestrutura da região.

Como a indústria, a FIESC também mantém seu programa de investimentos, pois sabemos que são vitais para a retomada do crescimento. No Oeste, acabamos de entregar projetos que receberam investimentos de cerca de R$ 6 milhões. O SESI concentra-se em melhorar a saúde do trabalhador, fator que também tem direta relação com a competitividade, porque trabalhadores felizes, saudáveis e capacitados são mais produtivos, proativos e criativos. Com a nova unidade de Pinhalzinho, recentemente entregue, que oferece serviços de saúde e educação, reforçamos a atuação do SESI em favor de ambientes seguros para o trabalho, propiciando o desenvolvimento pessoal e a saúde do trabalhador.

A unidade do SENAI de Chapecó, assim como o Instituto SENAI de Tecnologia em Alimentos, teve a sua estrutura revitalizada. Além disso, entregamos os novos Centros Automotivo e Moveleiro. Com isso, avançaremos na formação profissional e na prestação de serviços para setores que, juntos, respondem por 74% dos empregos da região e 65% de suas exportações, apoiando a competitividade da região.

Mas não investimos apenas em instalações modernas. Buscamos as tendências educacionais mais atuais e arrojadas. Em parceria com a OCDE, Instituto Ayrton Senna, Prefeitura Municipal, Governo do Estado e SENAI, está sendo executado em Chapecó um projeto que destacará o município pelo pioneirismo na implantação de uma política pública para valorizar as competências socioemocionais. Estamos rompendo os paradigmas tradicionais de educação e potencializando o exercício da criatividade e do pensamento crítico, com temáticas e práticas alinhadas às competências requeridas para o trabalhador do Século XXI.

A luta para melhorar as condições das rodovias e dos aeroportos da região, assim como pela conclusão do projeto relativo à construção da ferrovia que interligará o Oeste com o litoral não pode e não deve parar. Em paralelo, contudo, a FIESC, com seus parceiros, trabalha para também melhorar as condições de educação e saúde das crianças, dos jovens e dos trabalhadores locais. Isso é fundamental para o desenvolvimento de uma das regiões que mais contribui para o crescimento de Santa Catariana e do Brasil. O Oeste catarinense merece muito mais do que recebe do setor público.

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