Por José Luiz Tejon Megido, conselheiro fiscal do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM
Dia 28 de julho foi o Dia do Agricultor. Vale uma homenagem para essa categoria que com crise ou sem crise não para nunca. A natureza não deixa. Os agricultores não podem fazer greve, pois os ciclos das lavouras e da criação dos animais não permitem.
Os agricultores trabalham sem saber quanto irão ganhar. Não são eles que colocam os preços nas suas mercadorias, dependem das bolsas, do consumo, das incertezas de São Pedro, das pragas, doenças.
Os agricultores também não sabem quanto irão gastar, pois também não são eles que colocam os preços nos insumos que irão utilizar, ou nos juros para financiar, e nem tem certeza de quanto irão colher, pois as chuvas e as secas não estão sob sua vontade.A única coisa que podem fazer é trabalhar, trabalhar muito, estudar, aprender a cada dia, incorporar tecnologia e não tem futuro sem produtividade, exatamente essa mesma produtividade que falta e assola a economia brasileira.
São os agricultores brasileiros que acionam as cadeias produtivas que geram cerca de 25% do PIB do Brasil, e que neste vale da crise, significa a única rede de proteção do país, para cruzarmos essa fase, que com certeza iremos mudar.
Mas vale adicionar homenagem para os agricultores e todas as agricultoras, afinal foram as mulheres que primeiro observaram que dos grãos que saiam para coletar, podiam virar sementes e serem cultivados. E assim nasceu a agricultura, há 50 mil anos. Então, agricultores, saudações pelo seu dia.