José Luiz Tejon Megido é conselheiro fiscal do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS) e dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM
Com a proteína animal, viaja junto a energia do milho e a proteína vegetal da soja. O primeiro ministro chinês Li Kegiang chega ao Brasil acompanhado de 150 empresários. E carne é um objetivo, com a assinatura de um protocolo sanitário para agilizar negócios. Na China consomem mais frangos e suínos, mas sua população de 1,3 bilhão permite visualizar vendas brasileiras de US$ 1 bilhão. E em frangos e suínos crescer 20%.
Com a abertura do mercado chinês para o Brasil, apesar dos impactos esperados sejam fortes para a partir de 2018, os frigoríficos já sendo habilitados geram uma dinâmica nas vendas da carne bovina. Oito frigoríficos terminaram de ser autorizados, e outras nove plantas serão autorizadas quando da programada viagem da Ministra Katia Abreu para a Ásia, em junho. Hoje exportamos carne para a China via Hong Kong, e a China vai se tornar o maior importador mundial de carne bovina.
O crescimento do agronegócio brasileiro vem sendo impulsionado pelos mercados consumidores asiáticos, Oriente Médio e América Latina, e alguns países africanos. Significa um crescimento populacional e uma revolução da informação, de uma nova geração mediática, que através das redes sociais segue o planeta. Consequentemente, todos entram na busca de mais e melhores alimentos.
No Brasil deverá crescer muito a integração lavoura e pecuária, e ainda lavoura, pecuária e floresta. Os ganhos de produtividade podem ser duplicados, e produzirmos o dobro de carne bovina em metade da área. Além da China, outro mercado que pode ser aberto para o Brasil será os Estados Unidos, com muito hambúrguer.