Sexta, 22 Novembro 2024

Conselheiro Fiscal do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS) e do Núcleo de Agronegócio da ESPM

Na Páscoa os peixes estarão mais caros. Peixe também é agronegócio, só aqui no Brasil que inventaram um Ministério da Pesca e Aquicultura, cujo atual ministro é o Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho, do Pará; foi prefeito de Ananindeua. Mas o tema é o preço do peixe. Em média 10,2% mais caro, conforme levantamento da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

A merluza, o maior aumento – 24,5% – nos últimos 12 meses. Em segundo lugar o badejo com 21%. O que menos aumentou continua sendo a nossa querida e popular sardinha, apenas 4,9%. Mas vai aqui uma dica para os nossos “peixeiros” da Páscoa. Tilapia e pintado estão mais baratos.

As razões do aumento, por um lado o consumo da época, a elevação do dólar, crise hídrica, aumentos de transporte, energia elétrica, enquanto isso, estaremos participando da Seafood Expo, com o tema Brasil The Nation of Fish. A Nação do peixe, de 21 a 23 de abril em Boston, nos Estados Unidos.

Potencial para ser uma nação do peixe, temos, além, é claro, do Santos Futebol Clube de Pelé, são 8 mil quilômetros de praias  e, incrível, a maior reserva mundial de água doce (e temos crise hídrica!). São 8,2 bilhões de metros cúbicos de água doce.

Temos cerca de um milhão de pescadores no Brasil, porém com toda essa riqueza potencial, o Ministério da Pesca avisa que temos mais de 100 mil famílias de pescadores abaixo da linha da pobreza.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda minimamente 12 kg/habitante/ano. No Brasil, consumimos 14,50 kg/habitante/ano. Muito abaixo dos patamares da carne bovina e do frango. Muito bem: ensinar a pescar e não dar o peixe, talvez seja essa a maior lição para toda a nação do peixe, num Brasil, Pátria Educadora.

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