Sexta, 26 Abril 2024

CEO da Essor Seguros

É com expectativa que aguardamos o desenrolar de todo o imbróglio da Petrobrás e os impactos que o episódio produziu nas empreiteiras e construtoras brasileiras. Com um cronograma de obras apertado e que requerem maior urgência tanto na área de infraestrutura quanto nos projetos residenciais do tipo Minha Casa, Minha Vida, o Governo de alguma forma deverá sinalizar como serão tratadas as questões relativas às obras em andamento, que não são poucas.

Falou-se na vinda de empreiteiras estrangeiras. Isso seria muito bom para qualificar a concorrência mas ainda não seria suficiente para colocar os inúmeros quesitos que afetam a construção civil no Brasil. Um segmento essencial para o nosso desenvolvimento, para o crescimento ordenado das cidades, para o fluxo de commodities, para transportes em geral e todas as atividades que dependem de obras e construções quer seja para sua própria viabilidade ou pela dependência de serviços complementares para que sejam conduzidos a contento. Sem contar que o Rio de Janeiro tem obras gigantescas por conta das Olímpiadas 2016, que requerem urgência e cuidados especiais por parte das autoridades.

Paralelo a isso, não posso deixar de falar da importância do seguro para essas obras e o quanto se perde no país, lamentavelmente, em recursos e vidas humanas por causa de obras mal feitas, inacabadas, que desabam, provocando vítimas e prejuízos incalculáveis a toda sociedade. Dia após dia estão estampados na mídia casos e mais casos numa cadeia perniciosa que muito nos entristece. Os exemplos são recorrentes. O último a ser noticiado recentemente foi o afundamento do em torno da Vila do Pan, inaugurada em 2007 e que agora se dissolve a olho nu para quem quiser ver e registrar, impedindo a utilização até das garagens dos proprietários.

Há 80 anos foram implantados na Europa vários tipos de seguros próprios para entrega de obras e garantia das mesmas por dez anos. Este último, conhecido como seguro Decenal, é obrigatório na França, Alemanha e Espanha e funciona como um selo de garantia para o consumidor. O Brasil já dispõe deste seguro há dois anos e meio mas a falta de cultura sobre o assunto impede que ele seja alavancado. Tanto o construtor, empreiteiro e consumidores parecem desconhecer esta importante ferramenta que tanto tem ajudado a estes dois públicos a realizar os seus empreendimentos e projetos de vida em segurança.

Em 2015, será necessário iniciar um trabalho junto ao legislativo para que se comece a enxergar com clareza a urgência de incluirmos em Lei este seguro tão importante para a sociedade. Sem garantias, sem responsabilidades efetivas e sem o apoio do seguro, continuaremos a ver nossas obras ameaçadas e os consumidores sem terem onde recorrer quando descobrirem que o seu sonho de uma vida inteira transformou-se em pesadelo ao entrar em seu imóvel e constatar rachaduras estruturais ou ser vítima de viadutos e obras que desabam sistematicamente pelo Brasil afora. 

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