Sexta, 22 Novembro 2024

Por Sérgio Turra, membro da Comissão Especial de Direito Agrário e do Agronegócio da OAB/RS. Artigo originalmente publicado no Jornal do Comércio (RS)

 Nenhum setor produz resultados tão significativos para a economia brasileira quanto a agropecuária. Por outro lado, nenhum setor é alvo de tanto preconceito quanto ela. Basta recordar a quantidade de mentiras que surgiram durante a discussão do novo Código Florestal. Nesse e em tantos outros casos, os produtores são prejudicados pela ideologia atrasada que move algumas partes do governo e pretensos intelectuais.

O agro, no entanto, responde com muito trabalho e resultado. Em 2013, avançou 7%. Esse desempenho impulsionou o Produto Interno Bruto (PIB), encerrando o ano com crescimento de 2,3%. Para termos uma ideia, a indústria evoluiu apenas 1,3%, registrando a menor participação no PIB desde 2000. E os serviços, por sua vez, também obtiveram uma performance fraca: expansão de 2%. Dá para se dizer ainda que o campo salvou a balança comercial no ano que passou. Com um superávit de quase US$ 83 bilhões, os produtores rurais conseguiram segurar a enorme queda ocorrida em outros setores. Com isso, o comércio brasileiro fechou o ano com superávit.

São números que comprovam um diagnóstico conhecido no mundo inteiro: a agricultura brasileira se destaca pela produtividade e pela qualidade. Competimos e superamos outros mercados. Nossa alta tecnologia agrária, somada à qualificação cada vez maior dos trabalhadores do campo e à visão de negócio dos empreendedores rurais, solidifica o País nessa posição de vanguarda. É preciso acabar com os preconceitos. E isso se faz, em primeiro lugar, olhando para a realidade tal como ela é – para além dos mitos ou da propaganda ideológica. Buscando a verdade, e não aceitando cegamente o que ditam cartilhas tendenciosas – tão comumente reproduzidas sem a devida conferência dos fatos. Em 2013, assim como nos anos anteriores, o setor considerado por alguns como o “patinho feio” fez bonito de novo. Para o bem do Brasil, para o bem do Rio Grande!

 

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