Opinião | José Antonio Marques Almeida
Engenheiro Civil especializado em Gestão Portuária
Há décadas a construção do complexo hidroviário da Baixada Santista é debatida, como logística portuária, sem consequência alguma e, pior, nem continuidade. Ocorrem num evento anunciado ruidosamente, são repetidas as mesmas ideias, sem conteúdo necessário para desencadear um processo. São montados palcos coerentes, como o salão de conferência da Autoridade Portuária, Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Santos.
Sem sombra de dúvida, a condição geográfica dos rios e o Porto de Santos, no contexto da região da Baixada Santista, expõe um atraso logístico e uma grave involução urbanística. É oportuno destacar que nesta região conurbada estão instaladas 12 universidades. Exemplos como o protagonizado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que reconstruiu a ponte ferroviária danificada, mantendo o gabarito antigo e impeditivo à navegação.
Também não é por falta de rios nem por ausência de potenciais aquaviários que não se tem um robusto centro de produção sustentável e gerador de riqueza e trabalho no entorno do Porto de Santos, com braços de rios navegáveis. Depois de tantos debates públicos festivos e a cegueira sobre a realidade hidroviária da região do principal porto do Hemisfério Sul, é possível tirar uma conclusão sobre esse cenário de tanta insensatez.
A Agência Metropolitana da Baixada Santista (AGEM) abrange uma área de 9 municípios: Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente. Apesar da falta de eficácia da AGEM, cabe aos prefeitos perceberem quanto eles e o governador não relacionam as necessidades regionais como lugar geográfico e político representado pelo Porto de Santos, como solução dos seus problemas.
Portogente abre seu espaço Porto-Cidade para unir forças para buscar soluções.
José Antonio Marques Almeida
Engenheiro Civil especializado em Gestão Portuária








