Segunda, 10 Fevereiro 2025

Marcio SiqueiraPor Marcio Siqueira, Diretor de Operações da Log CP

O mercado de condomínios logísticos continua aquecido e com perspectivas de avanços significativos na oferta de empreendimentos. Isso ocorre em função da demanda por galpões que sejam capazes de atender as necessidades operacionais exigidas pela dinâmica do comércio, especialmente o online.

Dentre os aspectos que justificam as boas previsões para 2025, está o maior desenvolvimento de hubs logísticos em regiões metropolitanas do Brasil, em consequência ao crescimento significativo que o setor de condomínios logísticos experimentou nos últimos anos, como mostra o último levantamento da SiiLA.

Neste sentido, cidades fora do eixo Rio-São Paulo têm investido na composição de áreas que possam se adequar e atender as demandas de grandes operações. O complexo de em empreendimentos em Vitória (ES), Fortaleza (CE) e Goiânia (GO) são exemplos mais recentes de como a expansão ainda segue em destaque. Isso porque a proximidade com o consumidor final e a exigência de entregas cada vez mais ágeis se tornaram diferenciais de mercado entre os grandes players do varejo e e-commerce.

Além disso, o acesso facilitado a rodovias que permitem o deslocamento para capitais e grandes centros de consumo fazem com que essas cidades também se tornem ainda mais atrativas. Recife (PE), por exemplo, conta com uma posição vantajosa para o comércio exterior, além da sua conexão com a região Nordeste. Já São José dos Pinhais (PR) está estrategicamente localizada na região metropolitana de Curitiba, servindo como um elo entre os principais mercados brasileiros e o Mercosul.

A reforma tributária é outro fator que deve impactar a criação de novos hubs nos próximos anos, já que a tributação passa a ser realizada no destino e não mais na origem. Isso pode eliminar a necessidade de considerar os incentivos fiscais como fator determinante para a escolha da localização dos centros de distribuição. Na prática, as empresas poderão priorizar regiões que ofereçam vantagens operacionais mais factíveis, como proximidade aos consumidores e qualidade da infraestrutura rodoviária - que continua sendo a principal malha utilizada no Brasil.

Aos habitantes das cidades, a construção de empreendimentos voltados à distribuição logística causa também um impacto significativo, resultando na geração de novos postos de trabalho e em melhorias da infraestrutura local, a partir de contrapartidas socioeconômicas, normalmente negociadas na etapa de desenvolvimento de cada projeto.

Ainda com os avanços e as boas perspectivas, existem desafios a serem superados, especialmente quando pensamos no aprimoramento da infraestrutura urbana e adoção de novas tecnologias, considerando o potencial geográfico pouco explorado no Brasil. Ainda assim, o investimento em hubs logísticos modernos e bem localizados tende a impulsionar o setor, contribuindo para que os grandes players, de diferentes mercados, possam otimizar operações, tenham mais agilidade nas entregas, reduzam de custos e aumentem a capacidade de atender o consumidor final de maneira mais competitiva.

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