Em entrevista exclusiva ao Portogente, José Roberto Duque, head comercial da Aliança Navegação e Logística, fala sobre o novo serviço aéreo, a força da cabotagem, os desafios culturais do setor e as inovações que estão moldando o futuro da logística brasileira.
Com mais de 70 anos de operação no país e presença consolidada em 14 portos brasileiros, a Aliança Navegação e Logística se firmou como uma das principais operadoras logísticas do Brasil, oferecendo soluções customizadas e multimodais. Braço do Grupo Maersk, a empresa tem expandido sua atuação em direção a uma logística mais integrada, digital e sustentável.
Durante a Intermodal South America 2025 — evento do qual o Portogente é parceiro de mídia oficial — tivemos o privilégio de entrevistar José Roberto Duque, head comercial da Aliança. A entrevista foi gentilmente intermediada por Fernanda Martinelli, assessora da empresa, a quem agradecemos pelo apoio e pela atenção.
[Foto 1: José Roberto Duque, head comercial da Aliança]
🚀 Inovação e protagonismo na Intermodal 2025
Logo no início da entrevista, perguntamos quais foram os principais destaques da Aliança na Intermodal 2025 e como a empresa aproveitou esse ambiente para estreitar laços com o mercado.
José Roberto Duque destacou, com entusiasmo, o lançamento do serviço de frete aéreo entre São Paulo (SP) e Manaus (AM) — uma inovação que passa a complementar o portfólio multimodal da empresa. Segundo ele:
Outro grande destaque foi o Portal Cotação Online, uma plataforma digital que permite cotar serviços logísticos em tempo real, com total autonomia e transparência. Durante o evento, visitantes puderam testar a ferramenta e receber, em poucos minutos, uma proposta integrada e personalizada.
[Foto 2: Equipe da Aliança na Intermodal]
⚓ Cabotagem: entre o desafio cultural e a oportunidade estratégica
Um dos temas centrais da entrevista foi a cabotagem, modal que a Aliança domina com excelência. Perguntamos como a empresa tem atuado para fortalecer sua adesão no Brasil.
Duque apontou que o principal desafio é quebrar a barreira cultural. Muitos embarcadores ainda hesitam em deixar o rodoviário, mesmo diante de vantagens como redução de custos, menor emissão de CO₂ e maior previsibilidade. Ele explica:
Apesar das resistências, ele acredita que o crescimento da cabotagem é inevitável, especialmente quando integrada a soluções multimodais. E afirma que o trabalho da Aliança é mostrar, na prática, os benefícios concretos desse modelo.
✈️ Frete aéreo como elo de agilidade na cadeia
Sobre o novo serviço aéreo, Duque afirma que ele permite ao cliente responder com mais rapidez a demandas urgentes, sem a necessidade de consolidar um contêiner completo. A operação inicial entre SP e Manaus é apenas o começo.
A proposta é complementar os demais modais da Aliança, garantindo maior flexibilidade e competitividade logística aos clientes.
🧠 Integração multimodal com inteligência operacional
Duque revelou que a eficiência da Aliança no atendimento porta-a-porta se deve ao planejamento logístico coordenado entre todos os modais — marítimo, rodoviário, ferroviário e fluvial.
A empresa conta com centros operacionais, equipes especializadas e sistemas de rastreamento e análise de dados para garantir segurança, previsibilidade e agilidade.
[Foto 3: Bag Aliança]
🌍 Expansão Sul-Norte e descentralização logística
Segundo Duque, a expansão das rotas Sul-Norte permite otimizar cadeias de suprimento, reduzir a concentração logística no Sudeste e ampliar o acesso a soluções eficientes em regiões ainda pouco atendidas.
🌱 Sustentabilidade na prática
Duque foi enfático ao afirmar que a sustentabilidade está no centro da estratégia da Aliança. Ele citou dados da ABAC que mostram que a cabotagem emite quatro vezes menos CO₂ que o rodoviário. Um único navio da empresa pode substituir até 3 mil caminhões.
Outras ações incluem a modernização da frota, digitalização de processos e o alinhamento à meta do Grupo Maersk de ser net zero até 2040.
[Foto 4: Interação na Intermodal]
📦 Case prático: mais segurança, menos custo
Destacando um case com uma grande empresa do setor de alimentos, Duque apontou ganhos expressivos ao substituir o modal rodoviário por uma cadeia multimodal com cabotagem, ferrovia e rodovia.
Houve redução de 20% a 30% no custo logístico, aumento da cobertura geográfica e significativa melhora na segurança e rastreabilidade das cargas.
💻 Portal Cotação Online e digitalização
A aceitação da nova ferramenta foi excelente. Durante a Intermodal, muitos visitantes experimentaram o sistema em tempo real e conseguiram cotações em poucos minutos.
[Foto 5: Parte do stand da Aliança na Intermodal 2025]
🔮 Inovação, sustentabilidade e o futuro da logística
Fechando a entrevista, perguntamos sobre os próximos passos da Aliança. Duque respondeu com clareza:
A Aliança Navegação e Logística reafirma, assim, seu compromisso com a transformação da logística brasileira, aliando tecnologia, agilidade e responsabilidade socioambiental.
[Foto 6: Equipe da Aliança na Intermodal 2025]
Esta publicação integra a cobertura especial do Portogente para a Intermodal South America 2025. Agradecemos ao executivo José Roberto Duque pela atenção, clareza e profundidade das respostas — e à assessora Fernanda Martinelli, pela ponte cuidadosa e profissional com nossa equipe.