João Guilherme Vargas Netto é analista político e consultor sindical
O turbilhão que agita os mundos jurídico e político brasileiros faz crescer o peso e a importância da greve geral do dia 14 de junho.
Com o peso e a importância cresce a responsabilidade dos trabalhadores e do movimento sindical.
O Brasil que trabalha, parando no dia 14, dará um recado muito claro de repúdio ao fim das aposentadorias e à deforma da Previdência.
Nestes dias que precedem a greve todos os esforços devem ser feitos para que tenha sucesso.
Bandeiraços nas ruas, coleta de assinaturas do abaixo-assinado, assembleias nos locais de trabalho, reuniões para organização da jornada, feitura e distribuição de materiais e esforço para difundir nas mídias grandes e nas mídias sociais a palavra de ordem da greve e sua motivação preenchem os dias que nos separam da sexta-feira.
O sucesso da greve que será medido por sua efetividade e abrangência ficará patente quando se constatar que o Brasil parou. Parou o transporte público, pararam os bancos, pararam as escolas, as empresas pararam.
Depois deste berro que no silêncio das cidades será mais ouvido os trabalhadores e o movimento sindical demonstrarão sua relevância e aumentarão sua influência nas discussões congressuais sobre a deforma com peso renovado.
Levando-se em conta as experiências dos dias 15, 26 e 30 de maio, com manifestações maciças e ordeiras e a quase passividade (até agora) do governo e dos empresários, pode-se prever no dia 14 uma jornada forte e pacífica. Que assim seja.