Zoel Garcia Siqueira, professor, formado em sociologia e diretor financeiro do Sindicato dos Servidores Municipais de Guarujá (Sindserv)
Nos últimos dias, várias reportagens nos jornais, televisões, rádios e também nas redes sociais falam sobre o grande número de desempregados no Brasil.
Em um jornal local, a reportagem de capa falava que Guarujá é o município que menos criou empregos com carteira assinada na baixada santista e litoral.
A televisão mostrou uma gigantesca fila de desempregados, na capital paulista, em busca de senhas para entrevista de emprego, organizada por um sindicato.
E uma reportagem nacional informou que, conforme o IBGE (instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), há mais de 13 milhões de desempregados.
Atualmente, cerca de 91 milhões estão no mercado de trabalho, mas muitos sem carteira assinada. E aumenta o número de trabalhadores sem registro, sem
garantias legais.
Como professor de história e formado em sociologia, tenho obrigação de fazer com que não nos esqueçamos do passado. Passado, aliás, extremamente recente.
Em julho de 2017, há um ano, mas a imprensa tradicional esqueceu, o presidente golpista, postiço e entreguista Michel Temer (MDB) assinou a famigerada lei 13.467.
O congresso nacional aprovou a indecência a toque de caixa e ela vigora desde novembro. Um de seus objetivos era criar milhares de empregos. Dizia a corja que a legislação trabalhista histórica era um obstáculo ao crescimento da oferta de emprego. E que o custo Brasil prejudicava as condições de trabalho.
O resultado da reforma trabalhista é o que temos hoje. Um aumento no número de desempregados e o crescimento dos trabalhadores sem registro em carteira. Esse governo mentiroso propagandeava que a reforma modernizaria as relações de trabalho. Que o digam as grávidas que hoje trabalham em locais insalubres. Isso é modernização?
A reforma aumentou o lucro dos patrões e retirou nossos direitos. Foimentira para manipular as massas que apoiaram os golpistas representantes da elite econômica.