Quinta, 28 Novembro 2024

Claudia Santos é especialista em gestão estratégica de pessoas, palestrante, coach executiva e diretora da Emovere You (www.emovereyou.com.br)

Em meados da década de 90 as empresas passaram por uma grande mudança, oriunda das fusões e aquisições que aquele período demandou. As estatísticas da época evidenciaram que as maiores dificuldades para o sucesso - ou a falta dele - nestas aquisições, se deram pela cultura organizacional. Quase 20 anos se passaram e ainda nos deparamos com o mesmo paradigma quando falamos em transformação digital.

O primeiro passo necessário é entender que ser digital não significa ter um site, estar nas redes sociais ou mesmo ter uma plataforma como um aplicativo. A transformação digital vai além da tecnologia – ela reinventa o modelo de negócio, a estratégia da empresa e requer mudanças não apenas de tecnologia e de processos, e sim, comportamentais. Neste momento, o papel do RH é de extrema importância para conhecer quais são os novos desafios do negócio e desenvolver e adequar a cultura organizacional de forma a colaborar que o resultado desejado seja atingido. Especialistas afirmam que nos próximos 15 anos todas as empresas serão digitais.

Para isso os CHRS devem liderar, em conjunto com a equipe de TI, todo o “change manegment” necessário para a mudança. O que já sabemos é que precisamos nos acostumar com o fato de que a verticalização das estruturas organizacionais deixarão de existir. Empresas digitais trabalharão em rede, com equipes horizontalizadas. Os colaboradores desta nova era são pessoas com maior autonomia, autogerenciáveis, inovadoras e criativas, orientada a processos, prontos para atuar de forma sistêmica em uma empresa orgânica e integral.

O cenário empresarial do futuro é claro: mais de 50% dos empregos que existirão até 2030 ainda não foram criados. Por isso, as empresas precisam iniciar uma transformação gradual de postura e exigir que o seu RH esteja alinhado tanto na estratégia, quanto na sua cultura organizacional para que, durante o processo, o DNA da empresa seja mantido e a transformação bem-sucedida.

As empresas que não se transformarem mesmo que de forma gradativa não sobreviverão. A cultura será o alicerce da transformação digital, que começa por pequenas mudanças como ter um ambiente diverso, de compartilhamento, comunicação, conhecimento compartilhado e confiança, com forte senso de colaboração e agilidade.

Transformar-se digitalmente vai além da tecnologia: trata-se, de pessoas, dessa forma a área de gestão de pessoas se tornará protagonista, cabe à ela, a responsabilidade de ser inovar ser estratégica e preparar tanto colaborador quanto empresa, deixando -os alinhados e preparados para receber o futuro.

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