Sábado, 27 Abril 2024

Ofertas de renda fixa devem avançar 30% este ano; para ações, estimativa é de 30 novas OPI. O mercado de capitais brasileiro - que inclui lançamentos, em reais, de ações, debêntures e fundos de recebíveis, entre outros - dobrou de tamanho em 2006. E tudo indica que continuará aquecido neste ano: até ontem, uma nova emissão de debêntures, no valor de R$ 1 bilhão, e duas ofertas de fundos de recebíveis (conhecidos como FIDC), com volume total de R$ 125 milhões, entraram na fila para aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) - no total, há R$ 5,5 bilhões de operações em análise. Além disso, outros dois fundos, no valor de R$ 153 milhões, já obtiveram registro.

No segmento de renda variável, várias empresas abriram o ano fazendo ou concluindo ofertas públicas: Positivo, que captou R$ 604 milhões na semana passada; Tecnisa, PDG Realty, Rodobens Negócios Imobiliários e Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário, todas do setor imobiliário (ver matéria na página B-3), ontem. Agora, CPM, Gafisa, Shopping Iguatemi, a usina São Martinho, Embraer, Suzano e GVT Holdings esperam aprovação para lançamentos. Além disso, o mercado espera oferta de bancos médios para os próximos meses. Jean-Marc Etlin, responsável pela área de banco de investimentos do Itaú BBA, prevê que 30 novas empresas entrem no mercado em 2007.
José Alexandre Freitas, sócio da Oliveira Trust, estima crescimento de no mínimo 30% para a renda fixa, em quantidade e volume. Só a Oliveira Trust foi contratada como agente fiduciário de três novas emissões de debêntures, que devem ser registradas em breve na CVM, duas delas no valor de R$ 500 milhões e R$ 100 milhões, respectivamente. No segmento de FIDC, a empresa coordena uma oferta de R$ 100 milhões para o BMC, cujo registro deve sair nesta semana, e há outras três operações programadas para entrar na CVM até fevereiro. Também está estruturando mais três emissões de FIDC. Segundo Freitas, os seis fundos devem atingir volume entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão. Ele lembra que no ano passado, muitas emissões não chegaram a ir a mercado, porque já tinham endereço certo.
O mercado de CRI (recebíveis imobiliários), que foi relativamente fraco no ano passado, deve ganhar novo impulso neste ano. "Pelo número de consultas, haverá crescimento tanto no volume de emissões como no de companhias securitizadoras", afirma Freitas.
Para Jorge Sant’Anna, superintendente da Câmara de Custódia e Liquidação (Cetip), este ano mais empresas não-financeiras devem emitir debêntures para investir. "Há uma demanda reprimida por esses papéis, uma vez que a maioria deles, emitidos por empresas de leasing, ficam na tesouraria dos bancos controladores das empresas e não são distribuídos para investidores", diz.

Relatório divulgado na sexta-feira pela agência de classificação de risco Fitch Ratings sobre emissões de dívida estruturada de países da América Latina aponta que o aquecimento continuará nos negócios locais. O estudo mostra que no ano passado as operações externas foram reduzidas em função do aumento de opções nos mercados internos: a participação do Brasil no total de operações estruturadas realizadas no exterior caiu de 42,5% para 14,9% entre 2005 e 2006.

Balanço da Anbid
Segundo levantamento da Anbid, a entidade que reúne os bancos de investimento, as emissões de ações foram as que mais cresceram no ano passado - 121,4% em relação a 2005, totalizando R$ 119,9 bilhões. As debêntures chegaram a R$ 69,5 bilhões (67,2% a mais do que em 2005). Excluindo emissões de empresas de leasing, o aumento da colocação de debêntures chegou a 106,8% em 2006. Já as ofertas de fundos de recebíveis cresceram 48,9%, registrando R$ 12,8 bilhões; e as de notas promissórias dobraram, para R$ 5,3 bilhões.

Grande parte do volume de debêntures foi registrado pela CVM em dezembro: R$ 17,9 bilhões. O mês em que houve maior volume de registros, porém, foi julho, com R$ 32,9 bilhões. Em FIDC, foram registrados no mês R$ 2,5 bilhões.

CCB em alta
Tanbém devem continuar ganhando mercado as emissões de Certificado de Crédito Bancário (CCB). A operação não é exatamente de mercado de capitais, mas tem sido uma alternativa de captação de recursos, especialmente para empresas.

Segundo Freitas, entre as vantagens da operação de CCB estão agilidade, já que não envolve aprovação de CVM, e a ausência de custos de distribuição, porque não é pública. Por outro lado, o sócio da Oliveira Trust ressalta que a empresa que recorre a esse tipo de operação acaba arcando com a cobrança de juro maior. O estoque de CCB na Cetip em 2006 teve crescimento significativo: 131%, para um volume total de R$ 6,7 bilhões.

Ainda de acordo com Freitas, o público-alvo desse tipo de operação são empresas que não são muito conhecidas no mercado de capitais ou que buscam empréstimos-ponte.

Fonte: Gazeta Mercantil - 16 JAN 07

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