Mais de 77,7 mil passageiros passaram pelo Porto do Recife em 82 escalas de navios na última temporada, entre julho de 2005 e junho deste ano. A movimentação dos navios de passageiros é importante, porque traz muitos turistas que passam, em média, um dia no Recife e gastam cerca de US$ 100.
Na temporada passada, a maior movimentação de passageiros foi fruto dos cruzeiros regionais feitos pelo navio Pacific, responsável pela movimentação de 53,3 mil passageiros. O restante dos turistas (24,4 mil pessoas) foram trazidos por cruzeiros internacionais. O Pacific faz várias rotas regionais, que incluem Recife, Noronha, Natal, João Pessoa e Fortaleza.
“Tem gente que está trocando a viagem de avião por um cruzeiro e isso vai contribuir para esse ligeiro aumento”, explicou Leão. Ele citou como exemplo o navio Costa Fortuna que fez escala no Recife, seguindo para o Sudeste no começo desta semana. “Antes, não ocorriam embarques no Recife, mas esta semana tivemos 154 embarques nesse navio”, disse. Ontem esteve no Recife o navio italiano Armonia, trazendo cerca de 1.400 passageiros estrangeiros, seguindo em seguida para o Sudeste. A capital pernambucana é o primeiro contato destes cruzeiros com a costa brasileira.
Para a atual temporada estão previstas 66 escalas de navios no Porto do Recife, sendo 42 do Pacific. A quantidade de escalas realizadas pelo Pacific deverá ser maior, já que a operadora do navio só informou as paradas previstas até fevereiro. A movimentação de passageiros também gera recursos para o Porto. “Isso deve movimentar uma receita de R$ 900 mil”, disse o diretor-presidente da estatal, Luiz Teobaldo. Para cada passageiro, o porto recebe uma taxa de R$ 12.
“O projeto da construção de um terminal marítimo de passageiros tem que ser analisado pelo novo governo, porque o Recife pode se tornar um pólo dos cruzeiros marítimos do Nordeste”, falou Luiz Teobaldo. “Sem o terminal podemos perder espaço para Fortaleza ou Salvador”, completou. O atual terminal de passageiros, construído na administração do então prefeito Roberto Magalhães (PFL) fica ao lado da Praça do Marco Zero, mas não pode receber navios porque a área de atracação deste local não tem profundidade.
Fonte: Jornal do Commercio - 14/12/06