Quinta, 21 Agosto 2025
A manutenção do pagamento do benefício garantia-safra a produtores de cana de açúcar e de etanol do Nordeste promete desencadear um embate entre setor privado e Governo Federal. Durante audiência pública realizada nesta terça-feira (08) no Senado, representantes da inúdstria do açúcar pediram a continuidade do benefício regulado pela Medida Provisória 635/2013. Para eles, o período de seca enfrentado na região é o pior das últimas três décadas.

No entanto, o secretário-adjunto de Política Agrícola e Meio Ambiente do Ministério da Fazenda, João Pinto Rabelo Junior disse ainda não ver comprovada a necessidade da manutenção do benefício. Ele, todavia, manteve as portas abertas para continuar debater o tema. Segundo ele, com a subvenção, o setor recebeu R$ 528 milhões, sendo R$ 148 milhões para cana de açúcar e o restante para o etanol. "Ainda não temos dados técnicos claros sobre o que aconteceu este ano e quais os efeitos da seca para saber se há necessidade ou não da continuidade da subvenção".

Foto: Reprodução Brasil 247

Usinas de etanol são geradoras de riqueza no Nordeste

Rabelo Junior alega, ainda, que uma auxílio em torno dos R$ 500 milhões não seria possível novamente neste ano fiscal. O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Alagoas (Sindaçucar-AL), Pedro Robério Nogueira, argumentou que essa verba criaria muitos postos de trabalho no Nordeste. "Mais de R$ 1 bilhão e mais de 25 mil empregos foram subtraídos só em Alagoas, numa região em que a cana-de-açúcar é o maior polo empregador".

Nos últimos quatro anos, o Governo Federal tem repassado R$ 12 por tonelada de cana-de-açúcar colhida e R$ 0,40 por litro de etanol produzido, a fim de compensar os prejuízos provocados pela estiagem, principalmente no semiárido nordestino.

Apesar de reconhecer a dificuldade econômica de se ampliar o benefício, o relator da MP 635/2013 na comissão mista que a analisa, deputado federal Givaldo Carimbão (PROS-AL), observou que tentará convencer o Governo a mudar de ideia, pois seria melhor “dar um subsídio do que dar bolsa-família”.

Com informações da Agência Senado.

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