A indústria é a maior consumidora de energia elétrica no Brasil, respondendo por 43,6% do consumo total, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). No Pará, as indústrias fazem parte dos grandes consumidores da Celpa, grupo que representa 40% do total de clientes da concessionária. Apesar de a energia ser um insumo fundamental para a operação dos parques indústrias, as empresas paraenses sofrem com apagões temporários, oscilação de tensão da rede elétrica e interferências da vegetação urbana nos cabos de tensão.
Foto: FiepaEmpresários do Pará discutem problemas de distribuição de energia e propõem soluções
Para apresentar suas demandas e buscar soluções, um grupo de 50 empresários e representantes de empresas do distrito industrial de Icoaraci estiveram reunidos, na última semana, com a diretoria da Celpa. A reunião foi promovida pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) que, estimulada pelos empresários da área do distrito, convidaram os dirigentes da concessionária de energia para registrar as demandas e propor soluções.
“A Celpa é parceira da FIEPA. Esta atual gestão, que está à frente da concessionária há um ano e quatro meses, tem atendido e vem buscando soluções para os pleitos das indústrias paraenses”, declaração presidente José Conrado Azevedo Santos.
O presidente da Celpa, Raimundo Nonato Castro, juntamente com os diretores de Relações Institucionais, Comercial e de Distribuição, esteve presente na reunião, para ouvir diretamente dos empresários as principais queixas em relação à distribuição de energia para as indústrias localizadas no distrito de Icoaraci.
“Na área do distrito vivemos alguns transtornos para mantermos a produção industrial, dentre eles, a questão da energia. É muito bom receber a visita do presidente da Celpa, que fez questão de ouvir as demandas diretamente, sem interlocutores. Estamos dando um voto de confiança para que os problemas como a oscilação de tensão, um problema frequente no distrito, seja sanado”, comentou o diretor da Tramontina, Antônio Pagliari.
Outro problema que vem provocando a interrupção na produção das empresas é a interferência dos galhos das árvores nos fios de alta tensão. Francisco Assunção, da Wersan Madereira, conta que são sucessivos os casos de interferência da vegetação nos cabos elétricos. “Um galho de uma árvore que não esteja podada, quando encosta na fiação, dispara o transformador das indústrias e isso acaba provocando sucessivas paralisações na produção”, explicou o empresário.