A administração dos Estados Unidos está paralisada desde a última terça-feira (01) pela falta de concenso sobre o orçamento governamental entre republicanos e democratas. A oposição ao presidente Barack Obama reclama, especialmente, da reforma no sistema de saúde, que garantirá atendimento gratuito à população, em modelo similar ao Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil. A cultura norte-americana é de não haver atendimento grátis na área de saúde.
Obama se recusa a negociar com os republicanos sobre questões orçamentárias até que eles aprovem uma lei temporária que reative o governo e concordem em aumentar o limite do teto da dívida americana, atualmente de 16,7 trilhões de dólares. No entanto, os republicanos avisam que irão dificultar um acordo sobre o teto legal. No pior dos cenários, os Estados Unidos poderiam entrar em moratória pela primeira vez na história.
O Senado já aprovou o orçamento e "existem suficientes votos republicanos e democratas na Câmara de Representantes que desejam fazer o mesmo, e acabar com esta paralisação imediatamente", disse Obama. "Mas a extrema-direita do Partido Republicano não permite ao presidente da Câmara John Boehner submeter a lei à votação", completou.
Presidente da Câmara, o oposicionista John Boehner avisou a Obama que este confronto "não é um maldito jogo" e que o governo só irá parar caso o presidente não atenda às imposições republicanas para uma "gestão responsável" do país.
Com informações da Reuters e do Correio Braziliense.