O julgamento do capitão do navio Costa Concordia, que naufragou em janeiro de 2012 vitimando 33 pessoas, foi retomado nesta segunda-feira (23). As atividades estavam paralisadas desde julho deste ano.
No "olho do furacão", o capitão Francesco Schettino afirmou que está sendo acusado indevidamente pelo naufrágio. Segundo ele, o timoneiro indonésio Jacob Rusli contribuiu para o acidente por não ter obedecido sua ordem.
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Schettino partiu para o ataque para evitar culpa no julgamento
O almirante Giuseppe Cavo Dragone, o responsável dos peritos nomeados pelo juiz instrutor, explicou que mesmo que o timoneiro do cruzeiro tenha realizado a manobra indicada com 13 segundos de atraso, "de todas maneiras não teria evitado o impacto".
Após a declaração do almirante, Schettino pediu para falar e assegurou que o timoneiro "não cumpriu corretamente" suas ordens. "No momento no qual pedi ao timoneiro que virasse, seu erro foi o de não fazê-lo em seguida, já que o navio tinha uma aceleração para a direita", disse Schettino. O capitão acrescentou que "se não tivesse existido o erro do timoneiro de não virar o navio para a esquerda, ou seja, para evitar o choque, não teria ocorrido o impacto".
O advogado de Schettino, Francesco Pepe, indicou aos meios de comunicação italianos que seus peritos comprovaram que se o timoneiro tivesse realizado esta manobra como tinha sido pedido, o cruzeiro não teria sofrido o impacto.
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Parte do navio ficou embaixo d'água durante mais de 20 meses
A defesa do capitão do Costa Concordia voltou a pedir, além disso, que seja realizada uma perícia na sala de comandantes do navio, que agora pode ocorrer depois que o cruzeiro foi endireitado e descansa sobre uma plataforma artificial.
Com informações do portal Terra.