Eduardo Campos destacou que a sigla desembarca do governo com "respeito à presidente", mas que continuará atuando no mesmo campo político. "Não vamos desconsiderar o nosso campo político".
O líder do partido na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), disse que a partir de agora a posição do PSB no Congresso será de independência. “Nós não estaremos na Esplanada dos Ministérios, nos não vamos governar juntos, não teremos cargos no governo, mas as pautas que mereçam mérito terão o nosso apoio, não tenham dúvida nenhuma. Não somos governistas, governistas são aqueles que estão agarrados não em princípios, mas em interesses e, às vezes, no governo a vida toda. Nós não somos governistas, somos independentes”, explicou ressaltando que “divórcio é divórcio, amigável ou não”.
Apesar das informações de bastidores, Campos negou que a pressão do PT tenha acelerado o processo do PSB ou provocado constrangimentos. Durante a entrevista coletiva, o governador lembrou que o partido chegou a cogitar a saída do governo em junho, período das manifestações, mas que concluiu que naquele momento não poderia deixar o governo.
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, disse estar tranquilo com a decisão do partido. O objetivo, segundo ele, é que Dilma fique à vontade, com liberdade, para fazer as mudanças que julgar necessárias. “Espero poder conversar com ela (Dilma) para agradecer a oportunidade de servir ao Brasil como seu ministro da Integração Nacional”, disse Bezerra que aguarda uma reunião com a presidenta.
O PSB ocupava o Ministério da Integração Nacional, três diretorias da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a Secretaria dos Portos, as presidências da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).
Com informações da Agência Brasil, da Agência Estado e da Rede RBS.