escrito por Carlos Pimentel em sua coluna no Portogente
O esquema de concessões no transporte público no Brasil precisa ser substituído urgentemente, pois favorece muitos ilícitos. Apenas uns quatro grupos dominam o transporte no País, sucedendo-se entre si nas licitações, através de suas múltiplas empresas coligadas.
Em 2012, o Ministério Público do estado de São Paulo abriu investigação para apurar a venda ilegal de linhas urbanas de ônibus e micro-ônibus via Internet.
O negócio, oferecido em sites de compra e venda, inclui os veículos e as credenciais para colocá-los nas ruas da capital. O investimento médio é de R$ 150 mil, que, segundo os vendedores, pode ser recuperado em até 36 meses.
Os veículos foram colocados à venda no dia 18 de maio, pela WFabrill, que presta serviços de limpeza às garagens. Dois deles foram fabricados em 2003 e, por isso, só podem rodar até o fim de 2013, uma vez que a Prefeitura não aceita no sistema veículos com mais de dez anos. Após a divulgação do processo aberto pela Promotoria do Patrimônio Público, a empresa declarou que a propaganda foi um "equívoco da equipe de marketing".