Sábado, 18 Janeiro 2025

Fonte: Causa Operária Online

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o preço dos alimentos foram os que mais subiram e puxaram a alta da inflação que – de acordo com o órgão do governo – chegou a 7,31% nos últimos 12 meses.

A situação, no entanto, é ainda pior, como o trabalhador dos Correios e sua família sente na pele ao ir ao supermercado, açougue etc. As carnes, por exemplo, tiveram alta registrada pelo IBGE de 12,53% e comer um bife virou artigo de luxo na mesa do trabalhador, com o preço do quilo da carne de segunda passando de R$ 10 na maioria das cidades. O frango, alternativa de “mistura” mais barata, aumentou- de acordo com dados oficiais – 11,78% e o açúcar subiu mais de 20% (20,95, pelo IBGE) deixando a vida do trabalhador cada dia mais amarga.

Para os patrões, o governo e os juízes com seus mega-salários não tem a menor importância. Mas para quem ganha um salário que mal dá para comer, o aumento dos preços dos alimentos é um fator decisivo e evidencia a tendência de alta generalizada dos preços.

Mas não são apenas os alimentos que estão em disparada.

Os aluguéis foram reajustados em 8,47%, no último mês e as mensalidades escolares subiram mais de 8%. Os transportes já tiveram alta de mais 5,5% neste ano e novos aumentos estão previstos para os próximos meses, já que os governantes, juízes e parlamentares são super ágeis quando se trata de aumentar seus próprios salários e os lucros dos capitalistas que enchem seus bolsos. Os combustíveis chegaram a ter alta acumulada de 13,85% (etanol).

Estes e outros dados oficiais evidenciam que a inflação do mundo real não só está muito acima do índice miserável de 6,87% que o TST e a direção da ECT querem empurrar nos mais de 110 mil ecetistas, como também que o aumento do custo de vida está fora de controle e que – nos próximos meses – os salários serão ainda mais achatados com a disparada dos preços dos alimentos e outros produtos e serviços essenciais à família do trabalhador.

Por último é preciso considerar que os índices oficiais, usados pelos patrões e pelos juízes para medir a inflação, como o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) medido pelo IBGE, não refletem a realidade (bem mais dolorosa) dos trabalhadores com salários miseráveis como os pagos pela ECT para a maioria dos seus funcionários.

O IPCA mede um suposto impacto da inflação nas famílias com renda de 1 a 40 salários (até mais de R$ 22 mil). É claro que para a esmagadora maioria dos ecetistas (como de todos os trabalhadores) o impacto do aumento dos produtos e serviços de primeira necessidade (como alimentação, moradia, transporte etc.) é bem maior do que para a minoria que tem gordos salários como os diretores da ECT, juízes do TST etc.

É por essa e por outras que o trabalhador dos Correios precisa rejeitar a proposta miserável da ECT e continuar na luta pelo atendimento pleno da pauta de reivindicações, a começar pelos 24,76% de reposição do que foi roubado da categoria no plano real (1994-2010).

Diante da inflação se coloca também a necessidade da luta de todos os trabalhadores pela escala móvel dos salários, ou seja, que os reajustes salariais acompanhem automaticamente o aumento do custo de vida.

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