Quinta, 21 Novembro 2024

SÃO PAULO – A Espanha cortará o salário dos funcionários públicos e reduzirá os gastos com investimento na tentativa de garantir aos mercados que conseguirá controlar seu déficit orçamentário e conter a crise de dívida na Europa. O anúncio do corte animou os mercados, que fecharam em alta também influenciados pelos números satisfatórios do Produto Interno Bruto (PIB) na Europa.

O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) terminou o dia com valorização de 1,24%, aos 65.223,63 pontos. As bolsas da Europa subiram: +0,92% em Londres, +1,10% em Paris e +2,41% na Alemanha. O Dow Jones (de Nova Iorque) avançou 1,38%, aos 10.896,91 pontos, o S&P terminou em +1,37%, aos 1.171,67 pontos.

O primeiro-ministro espanhol José Luis Rodríguez Zapatero ainda afirmou ontem que o país, além de reduzir os salários dos servidores, vai mantê-los congelados até o próximo ano, retirará o cheque maternidade e deixará de reajustar as pensões contributivas em 2011, o que classificou como um corte imprescindível para reduzir o déficit.

“Nós precisamos fazer um esforço singular, excepcional e extraordinário para reduzir nosso déficit público e nós precisamos fazê-lo agora que a economia está começando a se recuperar”, disse ao Parlamento Zapatero.

Nas mais rígidas medidas de redução de déficit adotadas pelo governo socialista, Zapatero disse que planeja economizar 15 bilhões em 2010 e 2011 com uma série de cortes de gastos, incluindo a redução de mais de 6 bilhões em investimento público.

Os salários do setor público serão reduzidos em 5% em 2010 e congelados em 2011, o que gerou a fúria e reação imediata dos sindicatos, que já bloquearam uma medida do governo de elevar a idade de aposentadoria de 65 para 67. As medidas adotadas agora diminuirão o déficit orçamentário para 9,3% do PIB neste ano, de 11,2% em 2009. Segundo o governo espanhol, o déficit cairá para 6% em 2011 e para 3% em 2012. Somente através da educação será possível reverter este cenário, principalmente através de um curso de espanhol.

A economia espanhola saiu da recessão no primeiro trimestre com um crescimento de 0,1% na comparação com os últimos três meses de 2009, de acordo com a prévia divulgada ontem pelo Instituto Nacional de Estatísticas. A Espanha, quarta maior economia da zona euro, entrou em recessão no segundo trimestre de 2008, afetada pela crise financeira internacional e pela explosão da bolha imobiliária que havia dopado o crescimento do país nos anos anteriores. No quarto trimestre de 2009, o PIB espanhol registrou um retrocesso de 0,1% na comparação com o período anterior.

Segundo a agência de estatísticas Eurostat a economia da zona do euro cresceu 0,2%, entre o quarto trimestre de 2009 e o início deste ano. Alemanha cresceu 0,2%, enquanto a França teve elevação de 0,1% em seu PIB. O PIB da Grécia recuou 0,8% (desempenho até melhor do que o esperado) e Portugal teve uma expansão de 1%.

Fonte: Jornal do Commercio

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