O preço dos ativos para a conclusão da operação não foi divulgado. Segundo o presidente da ETH, José Carlos Grubisich, entre os critérios para avaliar os ativos, está quanto cada empresa investiu até agora.
Desde que foi criada, em 2007, a ETH investiu R$ 2,3 bilhões. A Brenco investiu R$ 845 milhões, mas os sócios se comprometeram a aportar mais R$ 655 milhões – total de R$ 1,5 bilhão – antes da conclusão da operação, prevista para abril.
Segundo o presidente da Brenco, Philippe Reichstul, esse novo aporte está garantido.
“Mas, caso não haja a adesão de todos os sócios, os três principais – BNDESPar e os fundos Ashmore e Tarpon – já se comprometeram com o aumento de capital”, disse Reichstul, que deixa a empresa após a conclusão da operação.
Se todos os sócios da Brenco aderirem à chamada para aumentar o capital na proporção de suas atuais participações, o BNDESPar ficará com 16,6% da ETH (equivalente a 47% da participação da Brenco). O fundo Ashmore terá 15,1%, o Tarpon, 2,7%, e os demais minoritários, 0,6%. Se o aporte for proporcional a essas participações, o banco estatal deverá investir mais de R$ 300 milhões.
Sob a liderança de Grubisich, a ETH vai investir mais R$ 3,5 bilhões até 2012. Naquele ano, quando as nove usinas estiverem em operação, a empresa deverá apresentar um faturamento de R$ 4 bilhões. Os investimentos vão garantir uma capacidade de moagem de 40 milhões de tonelada de cana por safra nas nove usinas. Com isso, a empresa terá capacidade para produzir 3 bilhões de litros de etanol e gerar 2.700 GW hora ao ano de energia a partir da biomassa.
Segundo Grubisich, do total de investimentos, 40% sairão de recursos próprios. O restante será levantado em instituições financeiras. “O financiamento não nos preocupa. Temos uma geração de caixa garantida com a venda de energia e de etanol e podemos securitizar isso”, disse o executivo.
Fonte: Jornal do Commercio