Comandante Leandro aponta que a próxima missão
será a realização de batimetria em Rio Grande
Lançado ao mar em 30 de julho de 1957 e incorporado pela Marinha brasileira no ano seguinte, o Sírius, obra de um estaleiro japonês, conta com 110 tripulantes, a maioria de profissionais hidrógrafos, e executa trabalhos de batimetria na costa do País. Esse trabalho é base para a elaboração e atualização das Cartas Náuticas, uma espécie de mapas onde as embarcações se guiam para navegar.
O Sírius conta com três conveses e um tijupá – que, no linguajar civil, pode-se comparar a um terraço onde ficam antenas, um timão externo e diversos outros utensílios.
O navio pode alcançar uma velocidade de até 14 nós, o equivalente a 25 km por hora e é o primeiro navio brasileiro a realizar operações aéreas da Marinha do Brasil, por contar com um heliporto.
O Sírius esteve na Ilha de Trindade para abastecer o Posto Oceanográfico instalado no local, com alimentos, combustível e material geral. A visita a Trindade é realizada em intervalos de dois meses.
A próxima missão do Sírius está agendada para maio. Segundo o comandante Leandro, uma comissão irá ao sul do País (elevação do Rio Grande) para realizar uma batimetria.
O Navio Hidrográfico Sírius tem história para contar e com orgulho. Um dos seus comandantes, de 20 de setembro de 1958 a 30 de março de 1959 (seu primeiro ano de atividades), foi Maximiano Eduardo da Silva Fonseca que, em 1979, foi ministro da Marinha.
Segundo o comandante Leandro, o Sírius recebe, quando está em missões de pesquisa, estudantes que trabalham nas análises de material coletado no fundo do mar ou dos rios. Isso faz parte de um convênio celebrado entre a Marinha do Brasil e instituições de ensino superior.
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Fonte: PortoGente - 29 ABR 08