Às 15 horas do dia 12 de janeiro de 2007, o aposentado Salvador de Azevedo, de 80 anos, entrou na estação de trem Santo Amaro à procura da mulher. Mas ela nunca chegou. Abigail Rossi de Azevedo, de 75 anos, tinha acabado de ser soterrada em uma cratera de 5 mil metros quadrados nas obras da futura Estação Pinheiros. Ela estava indo a pé ao médico quando se tornou uma das sete vítimas do maior desastre da história do Metrô de São Paulo. Cerca de 230 moradores das ruas no entorno ficaram desabrigados. Uma família ainda teve de passar o Natal em um hotel.
Cerca de 14 meses depois, o Ministério Público Estadual garante já ter provas de que as obras da Estação Pinheiros foram aceleradas de forma inexplicável e houve erro na execução do projeto. Os dados coletados até agora pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) revelam pelo menos três desconformidades em relação ao projeto original da Estação Pinheiros, assinado pela Engecorps. São elas: inversão do sentido de escavação do túnel sob a Rua Capri; discrepância entre os registros dos diários de obra e o que foi encontrado pelos técnicos durante a investigação e possível aceleração do ritmo de construção da estação.
Um dos pontos que permanecem obscuros na investigação diz respeito às explosões de rochas feitas no dia do acidente. Até agora, a polícia ainda não conseguiu ouvir o técnico do consórcio responsável por manusear as dinamites. Ele alega problemas de saúde para não comparecer aos depoimentos.
Segundo o Metrô, foram assinados 107 acordos com pessoas prejudicadas - a maioria, 59, por danos morais e materiais. Nas Ruas Capri, Gilberto Sabino e Conselheiro Pereira Pinto, segundo a Emurb, 41 imóveis serão desapropriados para a construção de um terminal de ônibus, metrô e trem. Ninguém até agora foi punido. "Não vou responsabilizar as pessoas (do consórcio e/ou do Metrô) a qualquer custo, mas vou responsabilizá-las custe o que custar", afirma o promotor Arnaldo Hossepian Júnior.
Cerca de 14 meses depois, o Ministério Público Estadual garante já ter provas de que as obras da Estação Pinheiros foram aceleradas de forma inexplicável e houve erro na execução do projeto. Os dados coletados até agora pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) revelam pelo menos três desconformidades em relação ao projeto original da Estação Pinheiros, assinado pela Engecorps. São elas: inversão do sentido de escavação do túnel sob a Rua Capri; discrepância entre os registros dos diários de obra e o que foi encontrado pelos técnicos durante a investigação e possível aceleração do ritmo de construção da estação.
Um dos pontos que permanecem obscuros na investigação diz respeito às explosões de rochas feitas no dia do acidente. Até agora, a polícia ainda não conseguiu ouvir o técnico do consórcio responsável por manusear as dinamites. Ele alega problemas de saúde para não comparecer aos depoimentos.
Segundo o Metrô, foram assinados 107 acordos com pessoas prejudicadas - a maioria, 59, por danos morais e materiais. Nas Ruas Capri, Gilberto Sabino e Conselheiro Pereira Pinto, segundo a Emurb, 41 imóveis serão desapropriados para a construção de um terminal de ônibus, metrô e trem. Ninguém até agora foi punido. "Não vou responsabilizar as pessoas (do consórcio e/ou do Metrô) a qualquer custo, mas vou responsabilizá-las custe o que custar", afirma o promotor Arnaldo Hossepian Júnior.
Fonte: O Estado de S. Paulo - 20 MAR 08