Sábado, 01 Fevereiro 2025

As empresas baianas ligadas ao comércio exterior estão preocupadas com possíveis prejuízos em decorrência da greve dos auditores fiscais da Receita Federal, que entra hoje no terceiro dia, e começam a recorrer à Justiça para garantir a liberação de cargas. Ontem à tarde, Joaquim Souza, diretor da Eadi Empório-Salvador, empresa de armazenagem de cargas em zona secundária para importadores e exportadores, deu entrada em mandado de segurança na Justiça Federal para garantir a liberação dos contêineres (de 15 a 18) que chegariam no Porto de Salvador para empresas clientes. “O pior é que a Justiça Federal está em recesso (por causa do feriadão) e contamos apenas com um plantão”, disse apreensivo, frisando que para hoje a previsão é receber mais o mesmo volume de cargas.

Souza não soube estimar os possíveis prejuízos, mas garantiu que são consideráveis diante do aquecimento das relações comerciais do estado com o mercado internacional. No primeiro dia de paralisação, a Eadi, segundo Joaquim Souza, não teve problemas para liberar os 12 volumes que desembarcaram no aeroporto de Salvador. “Graças a Deus ainda não tinham paralisado esse serviço”, disse, torcendo para que o mesmo acontecesse com as cargas previstas para ontem (de 10 a 12).
 
Manutenção - Paulo Villa, dirigente da Associação de Usuários dos Portos da Bahia (Usuport), entidade que representa mais de 70% do segmento, diz que os prejuízos são inevitáveis em toda greve da categoria, devido aos custos de manutenção de cargas estocadas e demora para liberação e registro.

Presidente do Sindicato dos Transportadores de Contêineres da Bahia e diretor do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros da Bahia, Creso Amorim acredita que os problemas começarão logo após o feriadão da Semana Santa, agravando ainda mais a situação dos exportadores que já amargam prejuízos com a desvalorização do dólar. Ele calcula uma movimentação média mensal de 17 mil a 20 mil contêineres no Porto de Salvador, onde a permanência de um navio pode custar até US$50 mil por dia. Mais do que os prejuízos financeiros, frisa Amorim, o segmento pode ser afetado por quebras de contrato por não cumprir prazos estabelecidos com os clientes internacionais.

Fonte: Correio da Bahia -  20 MAR 08

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