As obras de construção da usina termelétrica a carvão da Energias do Brasil em Pecém, no Ceará, em parceria com a brasileira MPX, deverão ser iniciadas no segundo semestre do ano.
De acordo com declarações do diretor de Novos Negócios do grupo EBX, Paulo Monteiro, à imprensa cearense, as obras terão a duração de três anos e mobilizarão investimentos estimados em cerca de US$ 1,3 milhão de dólares. A construção da usina empregará duas mil pessoas, entre trabalhadores diretos e indiretos.
A termelétrica será implantada numa área de 300 hectares, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, e já possui licença de instalação, emitida em dezembro de 2006. O carvão será importado da Colômbia e de Moçambique.
Após a entrada em funcionamento, prevista para 2011, a usina a carvão irá produzir, numa primeira fase, 720 megawatts (MW). Numa segunda etapa, em que serão investidos cerca de US$ 733 milhões de dólares, a produção será aumentada em 360 MW. Quando entrar em operação, a termelétrica do Pecém criará 180 postos de trabalho formal e igual número de informais.
Recentemente, a Energias do Brasil e a MPX assinaram um contrato de engenharia com a Maire Engineering para a construção da usina.
O contrato, no valor total de US$ 935,9 milhões, prevê a entrada em operação de Pecém em dezembro de 2011. "No intuito de tentar adiantar o início da geração de caixa, o contrato prevê o pagamento de bonificação à Maire caso a mesma consiga acelerar a entrada em operação de Pecém", informou a Energias do Brasil.
No final de 2011, quando Pecém entrar em operação comercial, e considerando-se a operação da pequena central hidrelétrica Santa Fé (capacidade instalada de 29 MW, entrada em operação prevista para 2009) e das repotenciações em curso (capacidade total de 20 MW, entrada em operação prevista para 2009), a capacidade instalada da Energias do Brasil atingirá 1.452 MW, um aumento de 39% em relação à capacidade atual.
Em outubro do ano passado, no leilão A-5 realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, a Energias do Brasil já tinha comercializado um total de 615 MW, a serem gerados pela Usina Termoelétrica Pecém. O preço alcançado no leilão foi de R$ 125,95/MWh, para contratos com duração de 15 anos.
Em setembro do ano passado, o grupo Energias do Brasil, controlado pela Energias de Portugal, tinha 3,1 milhões de clientes, acumulando 18,6 milhões de MW de energia distribuída nos primeiros nove meses de 2007.
Obras de construção de termelétrica de Pecém começam no segundo semestre
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