Domingo, 02 Fevereiro 2025
A indústria processadora de suco de laranja deve faturar US$ 2,3 bilhões com suas exportações em 2007, aumento de 56,6% sobre US$ 1,46 bilhão realizado no ano passado. A estimativa é da Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos (Abecitrus) e foi divulgada hoje pelo presidente da entidade, Ademerval Garcia. O crescimento deve-se ao aumento do preço internacional da bebida após a queda da produção nos Estados Unidos. O volume exportado de suco concentrado e congelado subiu 7,7% de 1,3 milhão de toneladas em 2006 para 1,4 milhão de toneladas em 2007.

De acordo com o executivo, tanto o faturamento quanto o volume exportado em 2008 não devem sofrer aumentos substanciais. "Além da consolidação do reajuste dos preços do suco de laranja, a Flórida deve produzir mais no próximo ano", afirmou. Garcia destacou o faturamento com a exportação de subprodutos do processamento da laranja, como óleos, que devem movimentar cerca de US$ 300 milhões neste ano. "Já solicitamos à Secex (Secretaria de Comércio Exterior) que comece a divulgar também as estatísticas de exportação para todo o complexo laranja, e não só para o suco".

A Abecitrus divulgou ainda que, das 1,4 milhão de toneladas exportadas neste ano, 100 mil toneladas serão de Estados fora do eixo São Paulo-Minas Gerais, ante 60 mil toneladas no ano passado. Essa nova fronteira de produção de suco de laranja é formada pelos Estados da região Sul do País, Sergipe, Bahia e Pará. Nessas localidades, o suco é processado, depois adquirido pela indústria paulista e exportado pelo porto de Santos.

"A indústria paulista começa a perceber o grande potencial destas regiões e essa parceria é irreversível", disse o presidente da Abecitrus. A oferta naqueles Estados compensa a falta de fruta que a indústria processadora enfrenta em São Paulo.

Capacidade Ociosa

Apesar de não haver um decréscimo na produção da laranja nos últimos anos, as processadoras ainda têm uma capacidade ociosa em torno de 35%, que deve ser ocupada com o aumento do plantio na região sudoeste do Estado. De acordo com a Abecitrus, em 2010 essa fronteira citrícola deve responder por 60% da produção paulista, mais que o dobro do atual percentual.

Por fim, o presidente da Abecitrus observou que a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) estuda proposta feita pelo setor citrícola de se criar um contrato para o mercado futuro da fruta para o mercado interno, que ele considera muito incipiente. "O contrato seria ótimo para que o comprador pudesse fazer um hedge, mas o problema, como sempre, é a liquidez".

Fonte: Agência Estado -  05 DEZ 07 (atualizado às 15h47)

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