Na manhã desta terça-feira (20), a Polícia Civil voltou ao local onde estava o corpo do jogador norte-americano de basquete Tony Lee Harris. O jogador foi encontrado morto, no último domingo (18) em Formosa (GO), a 70 quilômetros de Brasília. A área, propriedade do Exército, é de difícil acesso.
Para chegar ao local é preciso seguir sete quilômetros por uma estrada de terra. De carro, só é possível fazer uma parte do trajeto, uma vez que o corpo foi encontrado dentro da mata fechada.
Nesta terça, os policiais fizeram a segunda vistoria na região. Dois americanos acompanharam tudo.
O corpo do jogador estava pendurado em uma árvore, a 20 cm do solo. Harris morreu enforcado com um cadarço que, de acordo com a polícia, não era do tênis que ele usava.
Os peritos encontraram um dente preso à árvore e dois tocos de cigarro no chão. Bem perto do local do crime há uma lagoa, o que leva a polícia a acreditar que Harris pode ter indo para o lugar por causa da água.
“Uma água totalmente potável. Ele utilizava desta água e das sombras também. Mas como é um local dentro de uma área do Exército, nós podemos perceber também que uma pessoa um pouco debilitada, que era o caso dele, seria quase impossível que ele saísse desse local, porque o perímetro da área era muito grande”, diz o delegado, Pedromar Augusto de Souza.
Ainda não há previsão para o laudo com a causa da morte ficar pronto. A polícia conta com esse documento para saber exatamente quando o jogador morreu.
O jogador americano de basquete Tony Lee Harris, que jogava na equipe do Universo, em Brasília, estava desaparecido desde o dia 4 de novembro.
Após uma partida em Brasília no dia 3, o jogador estava decidido a ir para Salvador. Depois de tentar pegar um avião para a capital baiana, tomou um ônibus até Goiânia, onde embarcou em um táxi com destino a Salvador.
Quando o taxista parou para abastecer, Tony Lee desceu na cidade de Bezerra, a 20 quilômetros de Formosa, e desapareceu. O jogador optou por viajar de táxi porque, ao tentar embarcar no aeroporto, foi pedido o passaporte, que estava com a direção do Universo.
De acordo com as pessoas que conviveram com o atleta, ele apresentava um comportamento estranho. “Ele estava meio perturbado, parecia que estava com síndrome de perseguição. Agia de forma estranha”, disse ao G1 o supervisor de basquete do Universo, Ricardo Oliveira.
O Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia confirmou, na manhã desta terça-feira, que o corpo encontrado no último domingo em Formosa (GO) era mesmo do jogador norte-americano. A identificação foi feita por meio das digitais e da constatação de que a arcada dentária não tinha os dois incisivos laterais.
Fonte: G1 - 21 NOV 07