Quatro consórcios internacionais formados por 30 empresas de 13 países se candidataram à licitação do contrato de projeto e construção das duas novas eclusas do Canal do Panamá - a obra mais disputada pelas construtoras internacionais no momento. Os nomes foram anunciados ontem pela Autoridade do Canal do Panamá (ACP).
Entre as empresas formadoras de um dos consórcios, o Atlântico-Pacífico do Panamá, estão três empresas brasileiras: as construtoras Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão. A construtora Odebrecht, que tentava liderar outro consórcio, não entrou na disputa.
As empreiteiras brasileiras que continuam na licitação formam um consórcio com as francesas Bouygues Travaux, Vincie Alstom Hydro Energia, a alemã Bilfinger Berger e a projetista americana Aecom. Elas vão concorrer com três consórcios formados por grandes grupos internacionais.
A ACP tem até 14 de dezembro para avaliar as propostas dos consórcios. Serão avaliadas as qualificações técnicas das empresas, experiência em grandes construções e capacidade financeira para a pré-qualificação oficial.
A estimativa é de que, uma vez pré-aprovadas, as empresas tenham de gastar entre US$ 12 milhões e US$ 20 milhões para a criação do projeto de obra das maiores eclusas do mundo. No entanto, o contrato para a obra deve render ao vencedor cerca de US$ 3,2 bilhões - 60% do valor investido pela ACP nas obras totais de ampliação do Canal do Panamá.
ODEBRECHT
A Odebrecht, que até o meio do ano liderava um consórcio com empresas americanas, não apareceu entre as aspirantes à pré-qualificação. A empresa preferiu não se pronunciar sobre o assunto. Segundo fontes de mercado, a Odebrecht estaria reestudando sua estratégia de participação na licitação, e deve tentar participar de outras formas - como subcontratada ou se aproximando de um dos consórcios.
Fonte: O Estado de S.Paulo - 20 NOV 07