“Esse evento, por mais simples que ele possa parecer, está inaugurando uma nova vida, uma nova forma de trabalhar entre o governo e a iniciativa privada”, destacou, acrescentando, otimista, “eu não tenho nenhuma dúvida que a iniciativa privada sabendo que o governo federal está não só tomando medidas concretas, mas alocando recursos e mudando a padrão de gestão, vai comparecer, porque no final o que nós queremos é ter portos competitivos para atender aos usuários e aos operadores portuários”.
O diretor industrial da Cosipa, engenheiro Omar Silva Jr., que falou em nome dos empresários, destacou o “momento histórico” em que a iniciativa privada se aliava ao poder público para enfrentar e resolver um problema da região, que é o do depósito do material que será dragado do canal do Porto de Santos. O empresário disse que o Brasil ainda é “muito pobre na área portuária”, mas que Santos pode mudar esse paradigma, resolvendo a questão da dragagem.
Também otimista, Silva Jr. apresentou o prazo de 90 dias para que os estudos estejam prontos e sejam submetidos ao grupo e mais 90 dias para “que tenhamos autorização da Cetesb”.
O presidente da Codesp, José Di Bella Filho, destacou que a assinatura do convênio daria mais unidade à iniciativa privada e à Autoridade Portuária em busca de objetivos comuns que é dar maior capacidade de movimentação de carga e maior celeridade ao transporte dos produtos.
Para Pedro Brito, o governo federal já sinalizou, com a criação da SEP, que está dando a devida importância para os portos como fator fundamental para o desenvolvimento do País. “A logística hoje é fator decisivo na competitividade dos nossos produtos. Países emergentes como o Brasil precisam exportar para poder ter um vetor de sustentação do seu crescimento”.
O ministro-chefe da SEP disse que de nada adianta crescer nas estradas e nas ferrovias, se o Brasil não tiver portos que operem com eficiência e que possam competir externamente. “Nós não queremos que o Porto de Santos vá competir com Rio Grande ou Paranaguá. Nós queremos Santos competindo com Hamburgo, Roterdã, com a Ásia e com qualquer porto do mundo”.
Participaram da assinatura do convênio pela empresa Fosfértil, Vital Jorge Lopes e Luiz Antonio Veiga Mesquita; pela Embraport, Orlando Machado Júnior e Mozart Miranda Mendes; e ainda pela Cosipa, Marco Paulo Penna Cabral. O prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa, estava representado pelo secretário de Assuntos Portuários, Sérgio Aquino.
Após a solenidade de assinatura do convênio, o ministro e toda a diretoria da Codesp se reuniram com os funcionários da empresa. A imprensa não teve acesso ao local. Pedro Brito saiu da Codesp exatamente às 18h17.
Fonte: PortoGente - 20 NOV 07