Domingo, 02 Fevereiro 2025
Mais estacionamentos de autocarros nos pontos turísticos da cidade e casas de banho públicas, pavimento nos portos que permitam a circulação fácil dos carros que transportam as bagagens são algumas das necessidades para tornar Lisboa mais competitiva no segmento de cruzeiros, segundo a opinião de alguns profissionais de turismo que participaram esta manhã no workshop “Cruzeiros – Shipping ou Turismo?”, organizado pela Administração do Porto de Lisboa.

Apesar de se registar um número crescente de passageiros de cruzeiro em escala que prefere conhecer os destinos, neste caso Lisboa, pelos seus próprios meios, muitos clientes preferem contratar excursões que façam visitas panorâmicas à cidade, nomeadamente por causa do tempo que ficam em terra, referiu José Luís Simão, gerente da Shore Tours, no segundo painel do workshop que decorreu esta manhã, em Lisboa.

Nesse sentido, e dada a tendência dos “tours panorâmicos” virem a crescer, “Lisboa depara-se com gravíssimos problemas”, refere aquele responsável, nomeando a falta de estacionamentos para os autocarros turísticos, a falta de casas de banho públicas na cidade.

O executivo defende que é necessário “preparar a gare marítima em matéria de embarque”, essencialmente na questão das bagagens, referindo ser necessário fornecer a gare de um “piso liso e de fácil condução para os carros de bagagens.

Algumas destas ideias foram também partilhada por Maria Leite, da Ibercruises, a qual refere que “a escala é um cartão de visita da cidade”, e que pode servir de oportunidade para que os turistas voltem.

Para António Gama, director geral do operador turístico Nortravel, empresa que representa a MCS Cruises em Portugal, é essencial diversificar a oferta em terra, apresentar ao turista que visita a cidade alternativas, “enquanto houver mais do mesmo as pessoas desistem”, refere.

Francisco Teixeira, director geral da Melair, traçou um retrato do mercado de cruzeiros em Portugal, referindo que este ano deverão haver entre 25 a 30 mil passageiros de cruzeiro em Portugal.

O executivo referiu também que o mercado europeu de cruzeiros tende a crescer e que o mercado de cruzeiros não regulares em Portugal, que iniciam e terminam a viagem em Lisboa poderá crescer a sua oferta, “desde que a capacidade aérea seja suficientemente alargada”.

A notoriedade de Lisboa como destino de cruzeiros, segundo Vítor Costa, director-geral do Turismo de Lisboa, passa “não só pela participação em feiras” do sector, mas pela criação de parcerias entre o Porto de Lisboa e a ATL, “constituir um núcleo de trabalho e começar a trabalhar com outras entidades”, como outros portos, gestores de destino, hoteleiros ou operadores turísticos.

O executivo referiu a importância de se terminar a construção do novo terminal de cruzeiros, em Santa Apolónia, para receber os passageiros.

Por seu lado, na primeira parte do workshop, o Administrador da Classic Internacional Cruises, George Potamianos mostrou-se contra a construção do terminal de cruzeiros em Santa Apolónia, defendendo a sua localização no estuário, por questões de poluição do ar e do mar.

Na primeira parte do workshop, o presidente do Conselho de Administração do Porto de Lisboa, Manuel Frasquilho referiu que as perspectivas futuras da actividade de cruzeiros em Lisboa “são risonhas”, e que alguns dos desafios que se põem à cidade são a “oferta adequada em termos de infra-estruturas” e de animação para o passageiro que não compra excursões.

Fonte: Portugal PressTur -  08 NOV 07 (atualizado às 18h44)

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