Segunda, 03 Fevereiro 2025

BRASÍLIA – O erro técnico de um único militar, e não uma sabotagem patrocinada por controladores, teria provocado a pane que no fim de semana impediu a chegada ao Brasil de vôos dos EUA e provocou um novo caos nos aeroportos brasileiros com reflexos até a noite de ontem. A hipótese de sabotagem não foi totalmente descarta, mas ficou esvaziada, segundo a Aeronáutica, que investiga o caso. Mesmo assim, a vigilância sobre os militares também aumentará, com a instalações de mais câmeras no centro de controle responsável pela região amazônica. O responsável pelo curto-circuito nos geradores do Cindacta-4 (Manaus) deverá ser punido e pode ser preso.

Ontem, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, informou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que um sargento do Cindacta-4 teria admitido que cometeu um erro quando tentava consertar uma falha elétrica no sistema de geradores. A pane deixou aviões que vinham dos EUA e da América Central voando às cegas e impediu, por três horas, novas entradas e saídas de aeronaves do País por aquela região. Segundo explicações de Saito ao presidente, a bateria do nobreak do sistema teria caído enquanto o sargento trabalhava na parte elétrica. Lula decidiu mandar para Manaus um grupo de especialistas para fazer uma avaliação técnica dos problemas em Manaus.

O diretor do Cindacta-4 disse que dificilmente uma pane como a ocorrida sábado voltará a acontecer. Mas ele citou a Lei de Murphy (aquela que diz que, se alguma coisa pode dar errado, dará) para dizer que ninguém está livre de imprevistos.

Ao comandante da Aeronáutica, Lula disse que não admitirá nova pane no Cindacta-4 e nem em outros locais estratégicos. A Aeronáutica está fazendo convênios com companhias elétricas regionais para que acompanhem a manutenção nos Cindactas.

Saito disse que o técnico que estava de plantão na madrugada de sábado admitiu ter cometido um “erro grave”. Mas o Planalto ainda não está totalmente convencido disso, porque a manutenção foi realizada sem a indicação de que havia qualquer problema e, principalmente, porque foi realizada em um horário de pico. No momento da pane, mais de 40 aviões sobrevoavam a região coberta pelo centro.

Já está decidido que o militar será preso (prisão administrativa no quartel), podendo ainda ser transferido para outra unidade por ter deixou de seguir normas básicas no momento da manutenção, e ser negligente e desleixado. A investigação deve ser concluída ainda esta semana.

Fonte: Jornal do Commercio - 24 JUL 07

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