Terça, 04 Fevereiro 2025
Com perspectiva de crescer por meio de novos nichos de atuação, ampliação das regiões atendidas e incremento da produção industrial de países vizinhos, a DM Transporte e Logística Internacional e a Ryder Logística do Brasil estão investindo significativamente na expansão de sua frota.

A DM, transportadora rodoviária de cargas gerais com forte atuação em países do Cone Sul, como Argentina, Chile e Uruguai, está investindo R$ 16 milhões na compra de 40 cavalos e 60 carretas sider, que começam a ser operadas neste mês.

A empresa também mudará de base da filial de São Paulo, que terá cerca de 2 mil metros quadrados, estará próxima às principais vias de acesso do estado e terá um pátio para caminhões. Somadas as ações, a empresa espera atingir um faturamento de US$ 37,3 milhões neste ano, o que representa um acréscimo de 19%, em relação a 2006. Atualmente, o maior volume de carga transportada pela companhia está na linha entre Brasil e Argentina, que representa 50% do total.

Abertura de capital

Empresa familiar, a DM está estudando a viabilidade de entrar no mercado de ações. "Apesar de familiar, a companhia tem uma gestão profissionalizada. O projeto de lançar ações no mercado está atualmente parado, mas faz parte de nosso planejamento estratégico. Porém, com o nosso porte de faturamento, a ação ainda não é possível, mas queremos mudar isso nos próximos anos. A abertura facilitará a alavancagem da empresa", comenta Ricardo Micarone, diretor geral do grupo e filho do fundador.

A meta da DM para tornar-se uma empresa de capital aberto é faturar R$ 200 milhões ao ano, o que, segundo Micarone, é o piso recomendado pelos consultores.

Apesar de as cargas secas terem representação de 90% do total transportado pela DM, a empresa não descarta atuar em outros mercados. "Trabalhamos com produtos de alto valor agregado, mas pensamos em outras alternativas. Entre elas está a de desenvolver o nicho de serviços complementares para atingir toda cadeia produtiva. No futuro, esse novo mercado deve representar 30% do nosso faturamento", projeta Mário Rodrigues, diretor comercial do grupo. A DM também aponta o transporte de papel, polietileno e autopeças como possível área a ser explorada pelo grupo, sendo que a última é o maior foco de atuação da Ryder, uma das maiores concorrentes.

Mas a Ryder, subsidiária da norte-americana Ryder System, também está disposta a acirrar a disputa no mercado. Para isso, está investindo cerca de R$ 15 milhões na aquisição de 75 cavalos - 50 já comprados - e 75 carretas - 25 entregues neste mês -, até o final do ano.

"Trabalhamos com os agregados, que são pequenos empresários donos de cavalos, e as carretas de trás nos pertencem, o que é um conceito preservado há mais de 15 anos. Por uma questão operacional e estratégica, resolvemos comprar os cavalos para ter conjuntos completos", explica Antônio Wrobleski, presidente da Ryder Logística do Brasil.

De acordo com o executivo, nos últimos cinco anos, a empresa tem apresentado uma média de crescimento de 22% ao ano, o que deve ser mantido em 2007. "Nosso planejamento para os próximos cinco anos coloca o patamar de crescimento em torno de 12%. Precisamos gerenciar o crescimento", aponta Wrobleski.

Na Ryder, a valorização cambial que tem prejudicado diversas empresas do setor nos últimos anos recebeu atenção especial há cerca de dois anos, quando a empresa revisou os contratos. Atualmente, 90% deles são ancorados pelo real. "Os aumentos já estão controlados, pois o combustível está sem surpresas e a mão-de-obra também. Mas o preço do frete, em si, aumentou", diz o executivo.

Segundo os diretores da DM, nos últimos quatro anos, o custo do frete aumentou até 70% e o dólar caiu pela metade. "O aumento do frete não acompanhou a valorização cambial. Mudamos a trajetória de relacionamento com os clientes, aumentamos a produtividade e investimos em equipamentos maiores para lidar com a questão", conta Rodrigues.

Com atuação no Brasil voltada à operação logística, a Ryder deve iniciar, a partir de 2008, serviços de supply chain na Região Nordeste - hoje, o grupo está presente no Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Com uma base de 110 clientes no Cone Sul, o presidente também aposta no mercado automobilístico argentino como potencial neste ano. "A Argentina deve fechar 2007 com 520 mil carros produzidos, o que significa dizer que, em menos de cinco anos, multiplicou por quatro seu mercado", justifica Wrobleski.

As boas perspectivas de crescimento na contratação de serviços logísticos rodoviários estão levando empresas como a Ryder Logística do Brasil e a DM Transporte e Logística Internacional a investir na expansão de sua frota. Com maior capacidade de transporte, os grupos pretendem diversificar as áreas em que atuam e compensar os efeitos negativos da desvalorização do dólar.

A DM, transportadora rodoviária de cargas gerais com forte atuação em países do Cone Sul, está investindo R$ 16 milhões na compra de 40 cavalos e 60 carretas sider, que começam a ser operadas neste mês. A Ryder do Brasil não só está investindo R$ 15 milhões na aquisição de 75 cavalos e 75 carretas, como também está mudando uma política interna de mais de uma década. "Trabalhamos com pequenos empresários donos de cavalos há mais de 15 anos. Por uma questão operacional e estratégica, resolvemos comprar os cavalos para ter conjuntos completos", explica Antônio Wrobleski, presidente.

Como os investimentos, as empresas pretendem travar uma guerra por novos clientes. A DM aponta o transporte de papel, polietileno e autopeças como possível área a ser explorada pelo grupo, sendo que a última é o maior foco de atuação da Ryder.

Fonte: DCI - 04 JUL 07
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