Segundo o INSS, os beneficiários que tinham agendado algum atendimento para hoje devem ter sido contactados pelo próprio órgão e remarcado o serviço. Porém, aqueles que não foram contactados deverão procurar pessoalmente a agência a partir de amanhã para marcar um novo atendimento.
Os servidores do ex-Inamps também vão parar, atingindo alguns postos de saúde e os ambulatórios dos hospitais Agamenon Magalhães, Getúlio Vargas e o Geral de Areias. Segundo Luiz Eustáquio, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais de Saúde e Previdência Social de Pernambuco (Sindsprev), a paralisação de 24 horas é para protestar contra a falta de um plano de cargos e salários para as duas categorias, bem como a criação de um limite de crescimento anual da folha salarial do servidor público.
Os servidores da Prefeitura de Olinda também vão paralisar as atividades por 24 horas, a partir das 9h de hoje. A mobilização é para pressionar a prefeitura a apresentar uma proposta de reajuste salarial.
A categoria reivindica o aumento de 20% na folha de pagamento, o cumprimento do plano de cargos e extinção da comissão permanente de inquérito. Eles defendem a elevação do piso salarial, atualmente em R$ 200, para um salário mínimo, que é de R$ 380 desde 1º de abril.
Severina Alves, presidente do Sindicato dos Servidores de Olinda (Sismo), afirma que a classe mais afetada é formada por professores municipais. Para docentes da educação infantil o salário é de R$ 200, acrescido de gratificação no valor de R$ 69.
FRAUDE
O número de punições contra servidores do INSS envolvidos em fraudes na concessão de benefícios indevidos chegou este ano a 87 demissões e 110 casos de cassação de aposentadorias, suspensões e advertências. Em Pernambuco, houve seis desligamentos este ano.Durante todo o ano passado, foram somente 55 demissões e quatro cassações em todo o País. O ministro da Previdência, Luiz Marinho, argumenta que o crescimento do número de punições é resultado do aumento do combate à corrupção.
No ano passado apenas dois advogados cuidavam dos processos administrativos-disciplinares do órgão enquanto este ano já existem nove. Além das punições já ocorridas, há 177 processos em andamento.
As principais fraudes na concessão de benefícios estão relacionadas à inserção de vínculos de trabalho, manutenção indevida de pensão por morte e de aposentadoria especial.
Desde 2003, 1.100 funcionários foram punidos, sendo 383 advertências, 369 demissões, 319 suspensões e 29 aposentadorias cassadas. Os processos também são enviados ao Ministério Público, que pode ou não ingressar com ação na Justiça contra os fraudadores.
Fonte: Jornal do Commercio - 23 MAI 07