Imagem: Divulgação Netflix
Com alta popularidade, La Casa de Papel se encaminha para a última temporada como a série de língua não-inglesa mais vista da Netflix, o que abre caminho para outras produções locais.
Algumas séries internacionais fazem mais sucesso em alguns países do que em outros – mas este não é o caso de La Casa de Papel. Sucesso no Brasil, a Netflix recentemente identificou que essa é a série de língua não-inglesa de maior audiência na plataforma a nível mundial, uma produção espanhola que rapidamente se popularizou em outros países.
A confirmação de que a quinta temporada de La Casa de Papel será a última, fez com que os fãs começassem a se despedir de seus personagens preferidos. Porém, esse reconhecimento positivo faz com que a Netflix queira desenvolver ainda mais produções estrangeiras para apresentar para o seu público.
O sucesso de La Casa de Papel
Ainda no ano passado, com o lançamento da terceira temporada da série, La Casa de Papel quebrou recordes de audiência ao superar o marco de 34 milhões de espectadores. Por ser de língua não-inglesa, alcançar esse número é ainda mais desafiador – mas não impossível.
De acordo com a plataforma de idiomas Babbel, o espanhol é uma das línguas mais faladas do planeta, sendo o idioma oficial de mais de 20 países. Por ser uma língua familiar em diferentes partes do mundo, a série La Casa de Papel não teve problemas com a aceitação do público, o que foi um passo importante para o seu sucesso.
Além disso, por ter uma estrutura de roteiro ágil e surpreendente, foi capaz de agradar diferentes tipos de público. Em entrevista, Diego Ávalos, que é diretor de conteúdo original da Netflix, afirmou que La Casa de Papel mostra a história de marginalizados que encontram caminhos para seguir, algo que gera identificação com quem assiste.
Os números alcançados por La Casa de Papel desde a primeira temporada garantiram a continuidade da série e foram cruciais para que a Netflix decidisse por produzir cada vez mais conteúdo de outros países, incluindo o Brasil.
Produções locais entram no foco da Netflix
Por muitos anos, tanto os brasileiros quanto os cidadãos de outros países se acostumaram a consumir produtos feitos na língua inglesa, o que foi fundamental para a popularização do idioma. Não é à toa que boa parte da produção audiovisual dos anos 90 e 2000 tiveram origem nos Estados Unidos.
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Entretanto, o surgimento de novas empresas de entretenimento permitiu que conteúdo feitos para públicos locais alcançassem cada vez mais pessoas. A partir do sucesso de séries como La Casa de Papel, a Netflix passou a investir, em parceria com produtoras audiovisuais de diferentes países, em séries originais.
Um bom exemplo está na série brasileira 3%, que chega à quarta e última temporada neste mês de agosto. A produção é uma ficção científica que apresenta um futuro em que 3% da população tem chances de encontrar melhores oportunidades ao passar em uma seleção, realizada aos 20 anos de cada pessoa.
3% foi a primeira série brasileira a entrar no catálogo da empresa, obtendo sucesso em países falantes de outros idiomas e uma das mais assistidas da plataforma em 2017. O sucesso foi mais uma confirmação de que as pessoas estão dispostas a consumir conteúdos de nações diferentes.
Além de La Casa de Papel e 3%, existem outras produções internacionais de grande sucesso na Netflix. Elite foi produzida na Espanha, Club de Cuervos no México, Dark na Alemanha, Luna Nera na Itália e Trapped na Islândia.
Assim como os títulos são interessantes para a Netflix, que entrou definitivamente para o mundo do entretenimento ao ser incluída em grandes premiações internacionais, as produções são fundamentais para o incentivo ao audiovisual de dezenas de países ao redor do mundo.
O futuro pós La Casa de Papel
As gravações da última temporada de La Casa de Papel começaram este mês, na Dinamarca. Há uma grande expectativa em relação ao final da história, que como elencamos neste artigo, ainda precisa responder algumas perguntas importantes para seu público.
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Com a confirmação do sucesso de séries de diferentes países, a tendência é que a Netflix invista anualmente parte de seus lucros em produções locais – uma ótima notícia para os fanáticos por séries.
Enquanto a última temporada de La Casa de Papel não chega no streaming, podemos aproveitar outros títulos originais de diferentes países, afinal, o idioma pouco importa quando a história é boa.