Domingo, 20 Abril 2025

A China vai liberar os preços da energia, aumentar taxas de exportação, e controlar alguns investimentos, na tentativa de equilibrar sua economia, afirmou ontem Ma Kai, principal planejador do país.

A adoção de medidas que reduzam o alto ritmo de crescimento da economia chinesa será um dos principais itens na pauta do Congresso Nacional do Povo, que se reúne na próxima semana, em Pequim.

A Bolsa de Xangai fechou em queda de 2,9% ontem, voltando a causar incertezas nos mercados mundiais. As quedas foram moderadas nas bolsas européias e norte-americanas (leia detalhes abaixo neste texto), mas a instabilidade persiste depois que a bolsa chinesa despencou 8,8% na terça-feira passada.
Companhias de setores poluentes e de uso intensivo de energia terão que pagar mais pela água e pela energia utilizada, afirmou Ma Kai, chefe da Comissão de Reforma e Desenvolvimento Nacional do país, em artigo publicado na revista oficial Money China nesta semana.

Essas empresas também terão dificuldades em obter empréstimos do setor bancário estatal, de acordo com Ma.

“Aumentar os esforços para economizar energia e reduzir a poluição é o caminho fundamental para transformarmos nosso modelo de crescimento econômico e aumentar nossa eficiência”, garantiu.

A China não cumpriu sua meta de reduzir uso de energia em 2006, um de apenas dois objetivos numéricos definido pelo Partido Comunista no plano 2006-2010.

Ele afirmou que Pequim continuará incentivando a consolidação de indústrias como carvão, papel e outras usuárias intensivas de energia, e impor taxas maiores sobre suas exportações. Vendas externas de fertilizantes serão controladas.

Petróleo na mira
A China, segundo maior usuário de petróleo do mundo, identificou nove países como adequados para a realização de investimentos por parte de suas empresas petrolíferas, em uma lista que exclui o Irã, o Sudão e a Nigéria.

As empresas petrolíferas chinesas devem concentrar seus investimentos no Kuwait, Qatar, Omã, Marrocos, Líbia, Nigéria, Noruega, Equador e Bolívia, segundo as diretrizes publicadas no site da Comissão deDesenvolvimento e Reforma.
A China National Petroleum Corp. e a China PetrochemicalCorp. são empresas que estão pesquisando opções no mundo na tentativa de obter fontes de petróleo e gás para atender à crescente demanda por combustíveis de sua economia, uma das principais do mundo.

“A lista se destina a orientar e estimular ainda mais as empresas chinesas a investir no exterior”, disse a comissão, sem fornecer explicações adicionais a respeito dos países selecionados.

Bolsas recuam
As principais bolsas de valores do mundo voltaram a apresentar instabilidade ontem, depois que o índice da Bolsa de Xangai fechou em queda de 2,9%. Os mercados mostram insegurança depois do impacto de terça-feira, quando a bolsa chinesa caiu quase 9%.

As negociações de ontem foram marcadas pela incerteza, com os pregões abrindo em baixa e depois mostrando ligeira recuperação. A queda foi maior nas bolsas européias: Londres fechou com queda de 0,90%, Paris recuou 1,05% e Frankfurt caiu 1,12%.
Nos Estados Unidos, depois de um recuo que preocupou os operadores, as bolsas osc ilaram e fecharam com quedas menos acentuadas. O Índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, fechou com recuo de 0,28%, depois de cair até 1,4% logo depois do início das operações, e a Nasdaq, das ações de tecnologia, teve queda 0,49% no final das operações. No Brasil, o Índice Bovespa encerrou os trabalhos com baixa de 0,86%.

Analistas deram diversas explicações para as novas quedas nas bolsas nesta terça-feira. Um dos motivos para o recuo nos Estados Unidos seria uma valorização do iene, a moeda japonesa.
A valorização estaria levando os investidores a desistir de negócios arriscados feitos com empréstimos em ienes, temendo prejuízos.

Outros analistas disseram que as quedas americanas foram influenciadas pelos temores em relação a novos dados econômicos que devem ser divulgados.

“É tudo inteiramente psicológico. Nada, de fato, mudou”, disse Philip Manduca, sócio da Titanum Capital, em Londres. “O mercado de ações chinês não é um indicador da economia chinesa, que por sua vez não é um indicador da economia mundial.”

Fonte: DCI - 02 MAR 07

Curta, comente e compartilhe!
Pin It
0
0
0
s2sdefault
powered by social2s

topo oms2

Deixe sua opinião! Comente!
 

 

banner logistica e conhecimento portogente 2

EVP - Cursos online grátis
seta menuhome

Portopédia
seta menuhome

E-book
seta menuhome

Dragagem
seta menuhome

TCCs
seta menuhome
 
logo feira global20192
Negócios e Oportunidades    
imagem feira global home
Áreas Portuárias
seta menuhome

Comunidades Portuárias
seta menuhome

Condomínios Logísticos
seta menuhome

WebSummits
seta menuhome