A fábrica de PTA de Pernambuco estará entre as maiores do mundo, promete Ward, executivo da Petrobras que foi designado para comandar a Petroquímica Suape. “A fábrica de Pernambuco terá capacidade para produzir 640 mil toneladas por ano. Hoje não existe planta acima dessa capacidade”, destaca. As maiores do mundo estão localizadas na Tailândia, Índia e China.
A vantagem de um pólo petroquímico é a integração que ele pode proporcionar, ao atrair elos da cadeia. Pernambuco não começará do zero nesta conquista. O próprio grupo Mossi & Ghisolfi já fabrica fibra de poliéster numa unidade no Cabo de Santo Agostinho. Na mesma cidade se localiza uma planta da Terphane, que fabrica filme de poliéster, grande parte exportada para os Estados Unidos. O filme de poliéster é utilizado em embalagens de alimentos, como café, refresco em pó e produtos de limpeza. O produto tem ainda aplicação industrial, como fio de telefone, etiqueta, adesivo plástico de documento entre outros.
Estas duas unidades, além da fábrica de PET e a futura de fios de poliéster, utilizam também uma outra matéria-prima, o monoetilenoglicol (MEG). “O que muda para fazer uma garrafa ou um filme de poliéster são os aditivos. A matéria-prima principal é igual”, afirma o engenheiro químico Ediberto Castro, gerente de operação da Petroquímica Suape. Dependendo do volume de produção, Pernambuco se habilita para ganhar fábricas de ácido acético e de MEG. E para produzir MEG é necessário etileno, o que Pernambuco também não produz. Em vez de problemas, essas são oportunidades de investimento que poderão ser feitos em Pernambuco, adensando o pólo petroquímico.
Do investimento da Petroquímica Suape, R$ 800 milhões, um terço é para a compra de maquinário de fornecedores europeus. “O resto é urbanização, projeto, engenharia, construção da fábrica e um percentual expressivo de imposto”, afirma. Segundo ele, 20% do investimento será gasto com impostos, como PIS/Cofins, ICMS e frete marítimo, entre outros.
Fonte: Jornal do Commercio - 28 FEV 07