Técnicos da Agência Nacional de Águas (ANA) vão sobrevoar, a partir desta semana, a bacia do rio Paraguai, onde fica o Pantanal, para coletar informações para elaboração do plano de recursos hídricos da região. Durante o sobrevoo, serão observados o relevo, cobertura vegetal, uso do solo, erosão, hidrelétricas, áreas protegidas, captações de água, técnicas de manejo do solo, entre outros aspectos da bacia.
A primeira parte do trabalho será realizada em Mato Grosso. A equipe, formada por especialistas em geoprocessamento e em recursos hídricos fará um trajeto de quase 5,5 mil km, passando por Cuiabá, Rondonópolis e Cáceres, entre outras cidades mato-grossenses localizadas na Região Hidrográfica do rio.
O segundo trecho do sobrevoo acontecerá em Mato Grosso do Sul. O percurso de mais de 5,6 km começará em Campo Grande em 13 de dezembro e terminará na capital no dia 18. Durante o trajeto também serão sobrevoadas as cidades de Bonito e Corumbá, entre outras.
Em 19 de dezembro, autoridades da ANA e do Ministério do Meio Ambiente se juntarão a autoridades de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para sobrevoar as áreas mais críticas, identificadas pelos especialistas nos dias anteriores. O objetivo desta etapa extra é ampliar a sensibilização sobre a necessidade de gerenciar com mais efetividade os recursos hídricos da região.
Neste ano, a Agência promoveu em março sobrevoos nas bacias do rio Paranapanema (Paraná e São Paulo) e do rio Grande (Minas Gerais e São Paulo) com o mesmo objetivo de contribuir para a elaboração dos respectivos planos de recursos hídricos.
Na Região Hidrográfica do Paraguai moram 2,16 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo 87% em áreas urbanas. A maior das 74 cidades é a capital de Mato Grosso, Cuiabá.
A região é a única do País que tem como uso principal da água a dessedentação (matar a sede) de animais. Dos 30 metros cúbicos de recursos hídricos retirados a cada segundo, 41% vão para a atividade. Os demais usos são: irrigação (32%), consumo urbano (17%), indústrias (9%) e uso rural (1%).
Fonte: Portal Brasil, com informações da Agência Nacional de Águas