No dia 25 último, a Fundação SOS Mata Atlântica realizou um evento em comemoração aos 15 anos de atuação com Restauração Florestal, no Centro de Experimentos Florestais SOS Mata Atlântica – Brasil Kirin, que fica no município de Itu, interior de São Paulo. Estiveram presentes secretários de meio ambiente e autoridades do governo do Estado, além de homenageados, parceiros e convidados da ONG. Tiago Ariosi, apresentador da TV Tem da região, foi o mestre de cerimônias voluntário.
Rafael Fernandes, gerente de reflorestamento da SOS Mata Atlântica, apresentou os resultados obtidos ao longo dos últimos 15 anos. Com o projeto Clickarvore, 508 municípios foram beneficiados em 9 Estados, com mais de 28 milhões de mudas, somando mais de 16 mil hectares restaurados. Já o programa Florestas do Futuro contemplou 46 municípios em 5 Estados, recuperando uma área de 2.600 hectares, com o plantio de cerca de 5 milhões de mudas.
Em funcionamento desde novembro de 2007, o Centro de Experimentos Florestais SOS Mata Atlântica – Brasil Kirin já produziu cerca de 3,3 milhões de mudas, das quais 720 mil já foram plantadas, em uma área de 386 hectares. O Centro já recebeu 32 mil visitantes desde que foi aberto ao público e apoiou 26 projetos de pesquisa, em parceria com universidades.
“Aqui no Centro de Experimentos Florestais nós temos a comprovação de que, sem floresta, não há água. Após cinco anos de restauração florestal houve o retorno de 2 nascentes, aumento de 20% no volume de água de subsolo e 5% no volume de água superficial”, ressalta Rafael Fernandes. O gerente ainda mencionou o Pacto de Restauração da Mata Atlântica, que tem a meta de restaurar 15 milhões de hectares até 2050, área equivalente a 98,6 cidades de São Paulo.
No total, os projetos de restauração florestal realizados pela Fundação somaram 33,5 milhões de mudas patrocinadas e uma área de 19 mil hectares restaurada – o equivalente a uma e meia cidade de Salto.
O presidente da Fundação SOS Mata Atlântica, Pedro Passos, e o vice-presidente de Mar da entidade, Roberto Klabin, ficaram responsáveis pela entrega do troféu aos seguintes homenageados:
Categoria Idealizador:
Rodrigo Agostinho, prefeito da cidade de Bauru (SP) e criador do conceito do projeto Clickarvore
Categoria Pesquisador:
Prof. Dr. Ricardo Ribeiro Rodrigues, do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LERF), da Esalq/USP
Categoria Viveiros:
Brito Ambiental e Flora Londrina
Categoria Empresa Executora:
Arcplan e MR de Toledo e
Categoria Proprietário de Terra:
Manoel Rainho Junior, da Fazenda Miralua, Regina Monserra, da NKG e Carlos Roberto Sottilo
Categoria Time da SOS Mata Atlântica:
José Zacarias dos Santos
Também foram homenageados os patrocinadores Repsol Sinopec, Química Amparo (Ypê), Sem Parar, AES Tietê e Bradesco.
No encerramento do evento, Pedro Passos ressaltou a importância da parceria com empresas, governos e secretários de meio ambiente para que os projetos continuem em andamento. “Nosso compromisso é estender estes projetos de reflorestamento para os 17 Estados da Mata Atlântica. Queremos que o Brasil exercite sua potencialidade e não tenha medo de se comprometer com uma economia sustentável. Nosso país tem todas as condições para isso e eu torço para que todos os líderes mundiais tenham o compromisso de proteger nosso planeta”, afirmou o empresário.
Cristina Maria do Amaral Azevedo, secretária estadual do meio ambiente em exercício, esteve presente no evento representando o governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Ela defendeu que não ocorra a prorrogação para 2018 do prazo para agricultores inscreverem suas propriedades no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
O prazo original estipulado pelo novo Código Florestal já foi encerrado em maio de 2015. Como até a data, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, apenas 25% de um universo de 5,6 milhões de propriedades rurais havia cumprido o prazo, ele foi adiado para 5 de maio de 2015. Agora, o governo federal já sinaliza uma nova prorrogação para 2018.
Cristina Azevedo ressaltou também a importância da parceria com a SOS Mata Atlântica na restauração do bioma. “Nos sentimos privilegiados por contar com parceiros como a Fundação para enfrentar esse enorme desafio da restauração, não só em São Paulo, mas em todo o país”.
A restauração florestal tem extrema importância na Mata Atlântica, uma vez que restam somente 12,5% da sua área original. Para a SOS Mata Atlântica, não basta apenas não desmatar mais, é preciso contribuir para o aumento da floresta.