A organização pede ao governo chinês que proíba a utilização dos produtos e que fiscalize os dois complexos fabris em particular, que produzem cerca de 40% de todas as roupas de crianças fabricadas no gigante asiático.
Segundo relatório divulgado no Leste da Ásia, os produtos são enviados para o interior do País, ao Oriente Médio, África, Europa e América do Norte, além do sudeste do continente asiático.
Foto: Michael Yamashita/NatGeo
Mão de obra chinesa na colheita do algodão no interior do país asiático
"Nosso estudo envia um sinal de alerta aos pais de mais de 200 milhões de crianças chineses e estrangeiros", diz no relatório Lee Chih An, diretora da Campanha de Tóxicos do escritório do Greenpeace no Leste da Ásia.
Posteriormente, as peças foram enviadas a laboratórios independentes, que revelaram que mais da metade delas continham o hormônio NPE, enquanto nove de cada dez deram positivo em antimônio, e pelo menos dois registraram elevadas doses de ftalatos, todas as substâncias conhecidas por sua toxicidade para o sistema reprodutivo, explica o Greenpeace.
A indústria da roupa infantil chinesa é altamente rentável, com lucros anuais de aproximadamente 1 trilhão de iuanes (US$ 165 bilhões) e um crescimento de 30% ao ano, o que a transforma em um dos setores de maior expansão da segunda economia mundial. "Não há regulação no controle do uso dos componentes nas roupa de crianças", critica Lee.
Além disso, o estudo denuncia que os legisladores levam anos elaborando minutas a respeito, mas que nunca saem do papel: "Ainda não temos ideia de quando uma lei será promulgada", acrescenta.
As informações são do Greenpeace.