Sexta, 22 Novembro 2024

por Bruno Merlin, de Brasília (*) 

Dos 22 portos brasileiros que participam do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes nos Portos Marítimos Brasileiros, iniciativa da Secretaria de Portos (SEP), somente dois realizam a separação contínua do lixo gerado - e 50% do total mantêm centrais de resíduos, ainda que esse locais necessitem de adequação. Diante desse cenário, ganha importância o lançamento do Guia de Boas Práticas Portuárias, que aconteceu nesta quinta-feira (05) no Palácio do Itamaraty, em Brasília. O material foi desenvolvido pelo Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig) - ligado à Coppe/UFRJ.

A publicação propõe um modelo de gestão integrado dos resíduos, efluentes líquidos e medidas de manejo e controle da fauna sinantrópica nociva (ratos, pombos, insetor e outros animais), com indicações de boas práticas de gestão ambiental que garantam uma melhoria de eficiência das atividades portuárias.

Foto: Bruno Spada

Carlos Klink, secretário de Mudanças Climáticas do MMA, Mariana Graciosa Pereira, coordenadora de Portos, Aeroportos e
Hidrovias do Ibama, e Roberto Menescal, secretário de Políticas Portuárias da SEP, durante o evento no Palácio do Itamaraty

O Ivig destaca que o contingente de 1,6 mil toneladas de lixo reciclável geradas pelos 22 portos pesquisados em 2012 poderiam garantir verbas aos portos, prática comum em complexos europeus. No entanto, para isso é preciso criar ou adequar os sistemas de tratamento de esgoto sanitário gerados pela operação portuária, seja em terra ou nas embarcações.

O Guia conclui que a migração desse panorama atual nos portos para o cenário ideal deve ser realizado de forma gradual, dada a grande necessidade de modificações no dia a dia dos profissionais da administração portuária. O livro ressalta, ainda, a necessidade dos portos buscarem a obtenção de selos e certificados com as da séries ISO 14.000 e similares. "Deste modo, os portos brasileiros estarão em condições equivalentes aos portos internacionais que mais se destacam na gestão ambiental, proporcionando ganhos em gestão e em competitividade para o setor portuário nacional".

 * O jornalista Bruno Merlin viajou a Brasília a convite do Ivig/Coppe/UFRJ

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