Monitoramento, acompanhamento e fiscalização. Essas podem ser as palavras-chave para que o escoamento da safra agrícola brasileira, neste ano, não enfrente mais os gargalos históricos (ou pré-históricos) da logística nacional. Uma das imagens que mais ilustram esse cenário “anticompetitivo” é a fila de caminhões (ler aqui artigo do nosso colunista Frederico Bussinger) nas rodovias do País a caminho dos portos brasileiros. Situação que ecoa não apenas nos negócios das exportações nacionais, mas também na vida de várias cidades que estão no caminho dos portos ou que abrigam os complexos portuários.
Em tempos de “modernidade líquida” do sociólogo polônes Zygmunt Bauman, tudo é possível. Até a criação de aplicativos de consumo consciente. Foi o que fizeram, em associação, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o Instituto Akatu que lançaram aplicativos de consumo consciente. E já alcançaram a marca de 44 mil downloads. Segundo os criadores, esse dado mostra que a população está preocupada com o consumo dos recursos naturais e busca informações para ajudar na mudança de hábitos em função de um novo cenário que o País enfrenta: escassez de água, de energia e efeitos na produção de alimentos.
Empresários e o ministro dos Portos, Edinho Araújo, trocaram ideias, elogios, impressões e compromissos, nesta quinta-feira (12), na sede da maior federação das indústrias do País, a Fiesp, na Capital paulista. O ministro praticamente escancarou o setor para a iniciativa privada, dizendo que criará as condições para atrair o capital privado, reduzindo a burocracia e encurtando prazos de tramitação dos processos na Secretaria de Portos (SEP) e na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Todavia, não explicou quais seriam as iniciativas para tal feito, sendo que a área responde a um marco regulatório.
O diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp – Distrital Leste), Ricardo Martins, em artigo para a imprensa, diz que a expectativa do setor é terminar 2015 com crescimento de 1,02%. Segundo ele, um alívio, considerando o amargor dos últimos períodos, lembrando que, no primeiro semestre de 2014, a indústria nacional acumulou perdas de 2,6% em sua produção. “Resta aos empresários brasileiros unirem-se, arregaçarem suas mangas e tentarem reativar a produção”, conclama.
O vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), Fernando Siqueira, em conversa com o Portogente, se disse “aliviado” com a eleição de Aldemir Bendine para a presidência da Petrobrás. “Foi a solução menos pior”, observa, referindo-se aos outros nomes que estavam sendo ventilados para estar à frente da maior petrolífera brasileira. Segundo ele, a companhia só teria a perder se nomes como Henrique Meirelles (ex-presidente do Banco Central, no governo Lula) e Rodolfo Landim (comandou a BR Distribuidora e lançou a OGX, do empresário Eike Batista) fossem aprovados pelo Conselho de Administração da empresa. “Bendine mostrou que é um administrador bom enquanto esteve à frente do Banco do Brasil”, observa.